9| Loucura

3K 372 136
                                    

"O dark do romance está por vim"
...

Sento no chão do banheiro e deixo a água gelada me banhar, já faziam 4 anos desde o último tapa. Depois de várias e várias promessas ele voltou a me bater.

Mas o amor é isso né? Ele fere quem ama, e depois melhora.

Papai me ama, certo? Tudo que ele faz é por amor.

É assim que eu tento me convencer.

Escuto a porta do meu quarto abrir e eu levanto do chão do banheiro.

Pego meu roupão e me arrumo.

Meu rosto deve está vermelho e minha boca deve está cortada, mas nada que não tenha passado antes, eu posso lidar com isso.

Eu sou forte.

Abro a porta do banheiro e me deparo com o Nikolai fardado em frente a minha cama em pé.

— Vim ver se você está bem, depois de ontem. Soube que você parou no hospital.

Dou risada.

— Deixa eu ver. — Coloco o dedo nos lábios. — Você quer me ver depois da surra que meu pai me deu por conta de uma mentira que você contou?

Vejo por baixo da máscara seu rosto frio.

— Mentira que eu contei, Jasper? — Ele dá uma passo em minha direção. — E que surra foi essa que seu pai te deu?

— A surra que você causou. Você disse a ele que eu pedi pra matar o cara, Nikolai. — Dou um passo pra trás e ele um pra frente. — Porra, eu não pedi nada.

— Sim você pediu, Jasper.

Começo a ficar nervosa.

— Eu não pedi, Nikolai. Isso é podre, eu não faria isso. — Engulo seco. — Ele era alguém importante, papai tinha... papai tinha planos com ele.

Não sou capaz de falar sobre o que eram esses planos.

— Você disse: Ma... Mate, quero que você mate ele. — Nikolai faz uma voz mais fina. — Só fiz o que você mandou, você tinha escolha para pedir outra coisa, mas você escolheu isso.

— Eu. Não. Seria. Capaz. Disso.

Falo sentindo uma bola de choro subindo pela minha garganta.

— Sim foi você foi, ratinha.

Esse apelido.

Esse apelido horrível só me dá mais ódio.

— Pare de me chamar desse jeito, me chame de Senhorita Thompson, é isso que eu sou pra você. — Saio de perto dele. — E fale a verdade para o meu pai.

— A verdade é essa.

Ele fala calmo.

— Não é! Eu não pediria pra matar ninguém.

— Mas pediu. — Ele se aproxima. — Você pediu, ratinha.

— Ratinha é a puta da sua mãe. — Um passo longo dele foi capaz de chegar até mim e apertar meu pescoço. — Me solta.

Soldiers From Hell Onde histórias criam vida. Descubra agora