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FLORA SCARPA 12 de dezembro, 2022

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FLORA SCARPA
12 de dezembro, 2022.

Sentei-me num banquinho em frente ao balcão do bar, enquanto observava o barman me trazendo um coquetel de frutas vermelhas sem álcool. Pouso meus cotovelos no balcão e levo minhas mãos para meu rosto, apertando a parte lateral da minha cabeça, em seguida solto o ar lentamente.

Os dias aqui na praia estava sendo magníficos. Joaquín me dando alegrias para os meus dias enumerados, mas eu tinha medo, tinha medo do que estava destinado a mim.

Não saber como ele vai reagir ao descobrir a doença, me matava constantemente. Como será a reação dele? Será que ele vai ficar com muita raiva? Será que irá me entender? Vai existir muita mágoa nele? Espero que a mágoa não seja tão grande como a do nosso reencontro.

" ― Merda. ― resmungo irritada ao me abaixar e pegando o meu aparelho telefônico que havia caído no chão segundo antes de eu ter esbarrado em uma pessoa.

― Perdóname! ― arregalo os olhos quando a voz familiar entrou em meus ouvidos.

Subo meu corpo e levanto a minha cabeça lentamente, parando com meu olhar em seu rosto, encontrando-o com um semblante rígido sobre mim. Aqueles olhos mostravam o quanto mágoa existia por mim.

Olá, Joaquín Piquerez! ―falo com a voz trêmula. ― Quanto tempo não? ― forço um sorriso nervosa.

Ele deslizou seu olhar frio sobre meu corpo, em seguida parou novamente no meu rosto e respirou fundo.

― Tenga más cuidado ao andar para no esbarrar nas personas. ― Joaquín disse frio, me olhou por uma última vez e virou seu corpo, se afastando de mim imediatamente.

― É Flora, parece que você causou danos imenso nele. ― falo baixinho ao observá-lo se afastando de mim."

Eu não julgava Joaquín por sua frieza no início do nosso reencontro. Ele tinha motivos para isso, afinal eu fui embora sem dar explicações para ele e ando mentindo por todos esses anos, talvez mentir é mais fácil que contar a verdade.

Mas foi tão difícil vê-lo com mulheres diferentes a cada semana enquanto eu permanecia amando ele. Foi difícil vê-lo colocando outra em meu lugar enquanto eu observava tudo em silêncio, apenas como uma telespectadora em sua vida, naquele mesmo lugar que um dia pertenceu a mim.

" ―Amor? Não, isso nunca foi amor! ― digo ao levantar minha mão e passando pelo meu rosto, limpando a lágrima que caiu. ―Você nunca me amou.

CONTAGEM REGRESSIVA ― JOAQUÍN PIQUEREZWhere stories live. Discover now