Palhaça.
Era assim que Flora se sentia com a sua vida. Ela sentia que tudo a sua volta, gostava de pregar uma peça com ela e a fazia de palhaça.
Foi assim quando descobriu que era portadora de uma doença. Também foi assim quando ficou sabendo que se...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
FLORA SCARPA Dia seguinte.
Desco as escadas e paro no último degrau, desviando meu olhar para o lado e encontrando a porta que dava acesso para a sala de ensaio que Joaquín havia projetado para mim. Mordo meu lábio inferior e caminho em direção a porta, seguro a maçaneta e abro a mesma, adentrando no cômodo.
Caminho lentamente pelo espaço, parando no meio do salão, fechando meus olhos lentamente, deixando com que lembranças de dias atrás invadisse a minha mente.
" Ao apoiar meu corpo no chãodepois de ter dado um giro perfeito que fazia parte de uma apresentação, abro meus olhos lentamente e ergo uma sobrancelha quando vejo Joaquín parado em frente a porta com um copo de água na mão.
― Joaquín, o quê faz aqui? ― questiono baixinho, ando até o celular e desligo a música que tocava. ― Perdão se te acordei com a música. ― disse e ele balançou a cabeça em negação.
― No estaba conseguindo dormir y vim pegar un poquito de agua. ― ele mostrou o copo no ar e em seguida entrou na sala. ― Cuando vinha da cozinha, escutei la canción y resolvi vim ver. Perdón, no quis atrapalhar el su ensayo. ―disse me olhando, eu forcei um sorriso.
― Não atrapalhou. ― comentei ao cruzar meus braços a altura dos peitos. ― Nãoestava conseguindo dormir, entãoresolvi ensaiar. ― comentei, ele assentiu com a cabeça.
E então, o silêncio foi criado entre nós. Era tão estranho isso, era estranho porque sempre tínhamos assuntos a debater, mas agora estávamos parado um em frente para o outro em um silêncio constrangedor.
Onde foi que nos perdemos? Onde foi que tornamos isso? Onde foi que nosso amor se tornou esse caos?
― Ya me voy. ― Joaquín pigarrou e desviou o olhar do meu rosto.― Buen ensayo, pero no demore muito, usted merece descansar. ― ele disse.
― Obrigado! ―sussurro baixinho, vejo-o concordar com a cabeça e virando seu corpo para sair da sala. ― Joaquín!? ― O chamo-o
―Sim!? ― ele questionou se mantendo de gosta para mim, eu mordo meu lábio inferior e solto o ar lentamente.
― Boa noite!
― Buenas noches, Flora. ― ele disse e foi inevitável nãoperceber o tom desapontado vindo de sua voz."