Capítulo 15: últimos dias de 1990 pt.2 (2/3)

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Naquela mesma madrugada

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...Naquela mesma madrugada...

'' - Eu vi sua namorada de novo, sabia? - Ela diz com uma voz suave e inquietante enquanto a sinto tocar nos meus cabelos.

-E eu te pedi pra nunca mais mexer com ela. Tire a minha vida, me enlouqueça, acabe comigo, mas jamais mexa com ela. - Arranquei suas mãos geladas de mim.

-Por que tão ignorante? Apenas pedi a ela que cuidasse de você. - Sua voz murchou, mas eu estou bravo e pouco me importa.

-Só vou pedir mais esta vez, deixe a Sigrid em paz. Ela não merece saber dessa loucura, ela não merece sofrer tendo você por perto assim como eu. - Senti meus dentes rangerem, minha boca babar e minhas mãos estremecerem de tanta raiva enrustida em mim.

-Eu sinto muito por você... - Ela segura minhas mãos. - Estarei sempre com você. Nunca se esqueça, o amor e a morte são inevitáveis. Você sempre será meu protegido e eu cuidarei de você até o dia que tiver que partir. Cuide-se para que não seja logo, cuide daquela garota também, não destrua o futuro dela. Protejam-se.

-Apenas me deixe em paz. - Soltei suas mãos, e mesmo estando no escuro, tentei me rastejar para a pequena luz ao fundo.

-Um último aviso... -Sua voz vai se distanciando a cada vez que me arrasto para fora da escuridão. - Perdoe a sua mãe, ela precisa disso mais do que você pensa...''

-Per? - Sinto os dedos macios da Sigrid tocarem meu rosto enquanto tento acordar. -Bom dia meu amor, espero que você tenha dormido muito bem. - Sua voz ríspida pelo sono me acalma, me fazendo esquecer partes do sonho.

-Bom dia minha garota especial. Espero que você tenha dormido ainda melhor do que eu. - Envolvi-a em meus braços, enquanto ela coloca sua cabeça em meu peito.

-Sabia que você dorme falando? - Ela inclina sua cabeça para olhar em meus olhos.

-Há muito tempo atrás, alguém me disse isso, mas eu achei que era mentira. - Sorrimos e eu lembrei da minha mãe. Ela sempre dizia que eu falava coisas estranhas durante meus pesadelos.

-É, você disse algo sobre ''deixar ela em paz'' e ''me enlouqueça, tire minha vida'' e outras coisas estranhas. - Soltei-a de meus braços e rapidamente me sentei na cama. -O que houve meu amor? - Me afastei dela e derramei algumas lágrimas. -Per, o que aconteceu?

-Me desculpe Sigrid, não queria te deixar a par da minha loucura, eu não consigo falar disso, mas está me matando saber que ela está mexendo com você também. - Sinto o ar se esvaecer de meus pulmões, meus olhos ardem e meu rosto ferve. Sinto também as mãos de Sigrid tocarem tremulamente meus braços.

-Per! - Ela me acaricia enquanto sequer consigo olhar em seus olhos. - Eu tô aqui pra te ajudar, eu disse uma vez que queria te ouvir e eu ainda quero, por mais difícil que seja pra você explicar.

Amo-te morteOnde histórias criam vida. Descubra agora