CAPÍTULO NOVE

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DIANA

Foi um alívio e, também, um caos voltar para Grécia, alívio por poder ficar longe do Giovanni e caos, porque papai teve uma conversa muito complicada com o Eros.

Eles gritaram e o papai bateu no Eros, e o chamou de canalha e desgraçado. E só não irá matá-lo, porque o neto não poderá ficar sem pai. Então, ficou acertado que ele vai se casar com a Isis antes que a notícia se espalhe ainda mais.

Quanto a mim, só resta-me aceitar o meu destino! O que significa que, irei morar na Itália e viver com um homem que fala comigo como uma pedra de gelo e muito assustador. Mas, que me beijou de uma forma quente como o inferno, seus braços enormes e boca carnuda, me fizeram imaginar o que ele é capaz de fazer com uma tola inexperiente como eu.

— Céus, que eu consiga suportar e, não seja tão quebrada no processo. — Falo em voz alta.

— Faça sempre tudo certo, e não enfrente seu marido, querida. Por mais forte que seja, preserve o seu bem estar e, principalmente, seu coração. — Minha babá fala entrando em meu quarto enquanto me abraça.

— Eu prometo que serei forte.

— Isso minha menina. Por mais difícil que seja, e por mais que ele tente machucá-la, mostre a ele o quão maravilhosa é. Eu tenho certeza que, quando menos esperar, ele estará colocado fogo no mundo, se for necessário, para protegê-la.

— Não tenho tanta fé assim, nisso. Giovanni já deu a entender que irá me punir pelo erro da Isis.

— Não é justo! E se ele fizer isso, quem vai perder será ele. Sei que homens de máfia têm a tendência de não se importar, só manter a ordem e aniquilar seus inimigos. Mas você será esposa dele, o direito do seu noivo e sempre manter seu bem estar e segurança! Não aceite menos, e se precisar enfrente ele é se imponha.

— Obrigada, por sempre se preocupar comigo e me amar.

— Sempre minha linda, se eu pudesse, iria com você para a Itália.

Seria maravilhoso tê-la comigo, mas meu pai não vai deixar. Duvido.

— Vamos até a cozinha comigo, comer algo?

— Vamos sim.

Fico um tempo na cozinha com a Selene, até que mamãe me chama para falarmos sobre os preparativos do casamento.

— Ter dois casamentos para organizar será complicado, por sorte Luiza está cuidando dos preparativos da festa do seu, Diana. E então aqui iremos montar seu enxoval e escolher o seu vestido.

— Temos tempo.

— Pode parecer que sim, mas não é assim tão fácil.

— Não quero um vestido muito extravagante.

— Tem que ser perfeito, o mais lindo que conseguirmos. Será a esposa do Don, tem que ser uma noiva exuberante.

Reviro os olhos.

— Como desejar, mãe. Cadê a minha irmã?

— Já está vindo!

— Cheguei! — Isis surge sorridente. — E então, o que faremos agora?

— Agatha me ligou e disse que está vindo, para tirar as medidas de vocês para os vestidos.

— Diana vai levar o vestido daqui?

— Sim. — Mamãe responde. — Será mais fácil, até porque chegaremos na Itália uma semana antes.

— Está feliz, né? — Pergunto para minha irmã.

— Estou sim!

— Pelos menos uma de nós, casará com quem realmente deseja. — Falo com uma certa mágoa.

— Giovanni é lindo, irmã e, pode não parecer, mas percebi que ele te olha de um jeito diferente.

— Só não queria me casar… agora, ou talvez, seja só medo de não dar conta.

— Eu acredito que dará.

Um tempo depois, Agatha chega para tirar nossas medidas, dizendo que em dois dias voltará com as costureiras para que comecem a confecção dos vestidos.

Devem estar se perguntando por que não vou até o atelier dela? Simples! Giovanni proibiu que eu saísse de casa, a não ser que seja algo realmente grave. Que ódio dele. Queria dar uma volta pela ilha, mas os cães de guarda dele estão sempre de olho a cada passo que eu dou.

      Vinte dias depois…

Hoje acontece o casamento da Isis, ela está muito feliz, eu também fico por ela. Eros lhe fará feliz.

Estou terminando de me arrumar, uso um vestido que vai um pouco acima do joelho. Pode parecer curto porém estou muito confortável, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, a maquiagem é leve e um gloss nos lábios. E estou usando um scarpins pretos.

A cerimônia e a festa, vão ocorrer no jardim de casa, ao redor da ilha. O cenário é perfeito, não tem como dar errado. Saio do meu quarto e vou até o da minha irmã.

— Está pronta?

— Sim, e muito nervosa.

— Vai dar tudo certo. — Sorrio para ela. — Eu vou descer para esperar junto aos outros. — Ela assente.

Desço para ver se precisam de mim. Encontro a mamãe dando ordens para alguns funcionários e vou até ela.

— Mãe, precisa de mim?

— Não querida, vá lá fora e fale com os convidados, logo eu encontro você.

— Está bem.

Sigo para fora da casa e vejo como tudo está lindo, mamãe fez um ótimo trabalho. Avisto meu primo conversando com o conselheiro de papai o asqueroso Alexios.

— Diana, tá linda — Meu primo fala quando eu me aproximo deles.

— Obrigada, minha irmã está quase pronta, logo ela virá.

— Estou ansioso.

Noto ele esfregando as mãos.

— Estou vendo.

— Então, o Diácono realmente entregou você para o Italiano?— Alexios murmura com um certo descontentamento.

— E o que o senhor tem a ver com isso? — Rebati.

— Nada! Mas é uma covardia, uma coisa tão encantadora como você, ir parar nas mãos deles.

Eu iria respondê-lo, mas a voz rouca é gélida de Giovanni me faz paralisar. O que ele faz aqui?

— Se ousar falar algo da minha família, diga diretamente a mim. E não ouse dirigir a palavra a minha mulher. — Eu, Eros e Alexios nos assustamos com seu tom de voz.

Uma Noiva Substituta para o Don.Where stories live. Discover now