Capítulo cinquenta

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~Boa Leitura~

⚠️Conteúdo sensível⚠️

"Nas profundezas do amor"

Imagina uma âncora no seu pé, o peso dela te puxa rapidamente para o fundo do mar, você se vê afundando mais e mais e suas esperanças indo embora junto com as bolhas soltadas pela boca.

É exatamente assim que sinto com o amor pela minha mãe, se é que dá para chamar isso de amor? 

Dizem que mãe e mãe mais essa me fez passar o pão que o diabo amassou. Nunca senti oque e amor de mãe nunca pude chorar no colo dela pedir carinho nunca pude sentir seus cuidados com meus ralados era tudo que queria dela cuidado.

Mesmo se ela fosse rude comigo brigasse comigo queria sentir o amor dela por mim Quando fosse limpar meus machucados era o mínimo porque assim sentirá que lá no fundo ela me amava apenas não demonstrava.

Ir vê-la na prisão me dá um tremendo frio na barriga, ela me gerou, ela me carrego durante nove meses queria saber porque ela simplesmente não abortou? 

Minha passagem para visitá-la foi aceitar ficar esperando ela do outro lado de um simples vidro me fazer querer correr daqui não é medo dela e medo de ouvir mais ruindades dela.

Ouço o som a porta abrir e ela está com os cabelos soltos sem tintura como costumava a ficar seus cabelos grisalhos começam a aparecer seus olhos azuis frios distantes ainda me chocam sua pele ressacada seu físico magro me faz pensar como seria bom ser isso tudo fosse um pesadelo e ela fosse a mãe mais amorosa do mundo.

Não sei identificar se o olhar dela é de desprezo ao meu ver ou arrependimento.

— Porque veio me visitar? — sua arrogância surge.

— Não vim saber se está bem por mim, você é apenas uma pessoa que me pariu — Sejo fria. 

— Perdeu viagem atoa? Ou só queria ver a desgraça que me fez?

Se eu não fosse tão curiosa nem estaria aqui.

— Quero saber porque você foi cruel comigo?

— Jura? Perdeu seu tempo 

— Então você é cruel como sempre pensei? Que realmente nunca quis me ter? Isso me faz questionar tantas coisas.

— Era pra mim ter abortado você.

— E porque não fez isso?

— Porque... — ela exitou em falar.

— Porque diabos não me aborto? 

— Porque eu te amava... 

Jura?

— Que merda de amor é esse? 

— Antes de você nascer tivemos seu irmão um garotinho lindo na época seu pai ficou muito empolgado por ter filho homem e eu estava radiante até seu pai começa a beber chegar em casa muito bêbado eu estava farta daquilo desabafava com minha mãe dizendo que não dava para criar Renan com ele naquele estado deplorável mais seu pai nunca quis divórcio me ameaçava e dizia que não ia beber mais só que era tudo mentira — ela respira fundo — Não tinha mais amor era tudo tóxico demais e eu só queria proteger o Renan, então ficava com seu pai para nada acontecer com seu irmão.

— E porque você não me protegeu? — sinto dor na garganta.

— Teve um tempo que seu pai passava mais no bar do que em casa e eu acabei conhecendo uma pessoa que tinha vindo visitar a cidade... Eu fiquei dois meses traindo seu pai até ele descobrir que foi a primeira vez que seu pai me bateu e eu não pude fazer nada. Depois de uns dias fiquei enjoada com todas as suspeitas de gravidez foi então que descobri que estava grávida e fiz o'que puder para esconder do seu pai mais ele descobriu e quis tirar você de mim mais eu não deixei foi então que ele disse que aceitaria mais se você fosse menino não ia suportar ter uma menina disse que na linhagem dele só aceita homem. Mesmo o filho não sendo dele, ele assumiria.

Não se apaixone por mim Where stories live. Discover now