ALERTA DE GATILHO: CONTEÚDO SENSÍVEL!
A sombra do bode se materializa gradualmente. Seus olhos faiscam com uma luz infernal, criando um arrepio na minha espinha enquanto caminhamos em direção à saída do orfanato. Tento ignorar a presença maligna, mas ela paira no ar.
Madame Pierce conduz Amélia e eu para fora, e a figura ameaçadora vai embora conforme saimos. O frio cortante da manhã atinge minha pele. Amélia e eu trocamos olhares nervosos, e a queimadura em seu braço testemunha a crueldade da madame. Permaneço segurando o pano umedecido no nariz, que ainda não estancou o sangramento. Aguardamos o motorista da Van retornar da escola para nos levar ao hospital.
Chegando no hospital, pego meu diário.
"Cheguei ao hospital, estamos indo em direção a emergência. Madame Pierce demonstrou aos enfermeiros uma falsa empatia ao contar como nos acidentamos, e mentiu cruelmente sobre a queimadura de Amélia. Isso me irritou profundamente. Mas o que posso fazer? "
A menina foi levada por uma enfermeira, enquanto a madame preenche alguns dados na recepção. Eu também fui levada a uma sala especial de cuidados emergenciais.
Vejo uma médica simpática se aproximando de mim, aparentando pena de minha situação.
- O que aconteceu com você, querida? - perguntou ela.
- Tive um acidente... tropecei e caí de rosto no chão - menti, sentindo o peso da culpa se acumular em minha consciência.
- Parece que você quebrou o nariz. Vamos fazer um raio-X, tudo bem? - ela ofereceu gentilmente.
Assenti, deixando-a cuidar do meu diário enquanto me preparava para o procedimento.
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" Me sinto completamente ridícula com meu nariz enfaixado, mas pelo menos não foi nada sério. Apesar do sangramento ter parado, minha mente ainda está repleta de imagens perturbadoras"
Ao retornar à recepção, vi Amélia com o braço enfaixado, lágrimas nos olhos, ao lado de Madame Pierce.
- Vamos embora, meninas - disse ela rispidamente.
Enquanto caminhávamos para fora do hospital, decidi falar com Amélia, buscando confortá-la.
- Você está bem? - perguntei baixinho, tentando evitar a atenção de Madame Pierce.
- Eu pareço bem? - respondeu ela com a voz embargada de ódio.
- Sinto muito pelo que aconteceu - Falei, esperando que minhas palavras pudessem trazer um pouco de alívio à sua angústia.
- Ah quer saber, eu também sinto muito. Eu não deveria ter sido tão babaca com você, Grace. Disse ela, surpreendendo-me com sua sinceridade.
Trocamos um abraço caloroso, buscando consolo uma na outra em meio ao caos que nos envolvia.
- Eu estou com medo, Grace. Este lugar já é horrível, e não posso nem imaginar para onde vamos quando a reforma começar - confessou Amélia.
- Temos que ficar juntas. Todas nós. Só assim conseguiremos superar isso
Caminhamos em direção a van e logo chegamos ao orfanato. Ambas pegamos um atestado de uma semana para recuperação, então de um jeito ou de outro essa rivalidade entre nós terá que acabar.
Entramos no orfanato e sentamos no sofá da sala principal.
- Escutem bem, vocês duas. Se eu souber que uma de vocês soltou um sequer sussuro ao Philip sobre o que aconteceu, eu ACABO com vocês. Me ouviram bem? - Disse a Madame Pierce com sangue nos olhos.
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O orfanato de Madame Pierce
HorrorNas sombras do interior da Inglaterra, Grace, uma inocente criança, viu seu destino ser cortado logo quando bebê, na trama sinistra do orfanato da enigmática madame Pierce, após a suposta morte de seus pais. Sob o teto sombrio da instituição, a infâ...