Capítulo 47

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Ucker: Para você - Estendo a rosa envolta no lenço de seda.

Dul: Ah meu Deus! Como... por que ela é assim?

Ucker: Uma raridade genética na botânica. Pelo menos foi o que nosso botânico disse. - dou de ombros, e ela ri. - Ao que parece, as rosas brancas aqui plantadas meio que se misturaram com as vermelhas, ou algo do tipo, realmente não prestava atenção nas aulas de biologia. Enfim, essa rosa saiu dessa forma. Já colheram material para replicá-la, se você quiser.

Dul: Eu gostaria muito. E obrigada. - Ela pega a flor, e meu corpo até relaxa, não sei o que faria se ela rejeitasse novamente. - Mas você me dá flores todos os dias. - Continuava a colocar uma flor em sua porta todas as noites.

Ucker: Você não gosta?

Dul: Sim, eu adoro flores.

Ucker: Essa é como você, especial, delicada, rara e única. - o rosto dela começa a corar.

Dul: É muita gentileza. Dulce cheira a flor e sorri. Apesar de todas as atrocidades que estavam em nossos passado, ficava feliz em estar nesse processo de reconquistar minha esposa. A levo até o quarto, beijo sua mão e sorrio para ela. - Boa noite, Christopher.

Ucker: Boa noite, Dul.

Na manhã seguinte, procuro por Dulce, mas Gyda avisa que ela já tomou o café e está trabalhando. Não está na sala do trono, nem no seu escritório. Encontro-a na biblioteca, concentrada, vários papéis espalhados numa mesa e alguns livros em volta. Permito-me observar a Rainha por alguns momentos: usava um vestido creme bordado de bronze e uma linda coroa. Ela é tão linda. Estava voltando a seu estado saudável. Bato na porta, ela sorri gentilmente e faz sinal para que eu entre:

Ucker: Oi, o que está fazendo?

Dul: Trabalhando em algo importante, é um projeto grande. A expansão de uma estufa para camponeses plantarem no inverno, quando for rigoroso, como nosso último. - Observo o projeto com atenção - Tenho quebrado a cabeça há meses com ele. Hakon quem me deu.

Sinto o ciúmes correndo em minhas veias, mesmo sabendo que os dois nunca tiveram nada, Hakon possuía a confiança de Dulce e sua admiração. Perdi ambos, mas tinha esperança de que reconquistaria. Analiso o projeto de perto por um tempo, em silêncio:

Ucker: E se.... Tem um lápis?

Dul: Claro. - ela me passa um.

Ucker: E se enviarmos a água dos irrigadores por baixo da terra? - desenho no papel - Assim poderia chegar a salvo na estufa sem congelar, e as chances de haver um rompimento são mínimas, já que não há fluxo de movimento nesse local. Em caso de vazamento, não chegaria às casas, porque a água congelaria antes.

Dul: Christopher, isso é brilhante! - meu coração pulou e deu cambalhotas de alegria quando ela disse isso. - Claro, isso resolveria muita coisa! Obrigada! Muito obrigada!

Ucker: Não me agradeça. É por nosso povo, quero o melhor e farei o possível. - ela sorriu e... suspirou? Ou eu estava delirando? Tiro uma mecha de seu cabelo que cai no rosto, Dulce fechou os olhos.

Sinto sua respiração no meu rosto, nossos narizes se roçando, e então toco seus lábios com os meus, primeiro com cautela, depois de maneira mais segura quando ela não me afasta. Ao invés disso, abre-se para mim. Meu beijo procura desesperado pelo resgate de seu amor, por seu perdão, implora para que seu coração se cure, tudo isso enquanto meu peito estava prestes a explodir pela alegria de estar beijando-a depois de tanto tempo. Quando o beijo termina, no entanto, ela dá dois passos para trás e começa a chorar:

Ucker: Dul, o que foi? O que aconteceu? - tento ir até ela, mas Dulce faz sinal para que não me aproxime.

Dul: Christopher... não. Eu... eu não posso.

Como DueleOnde histórias criam vida. Descubra agora