Pedra do Sal

476 73 8
                                    

POV Luiza

Sexta-feira

Hoje acordei com aquela animação típica de sexta-feira, ainda mais porque tinha combinado de ir para a roda de samba com Duda após o trabalho. Ao levantar, arrumei minha mochila, separando algumas roupas para o final de semana, afinal, disse aos meus pais que passaria o tempo na casa de Victor. Logo me arrumo e encaro mais um dia de trabalho na Albuquerque Corporation.

Ao fim do expediente, como combinado, me dirijo à casa de Victor para me arrumar para a noite. Após um banho relaxante, decidi por usar uma saia branca não muito curta e um cropped verde, complementados por uma sandália simples. Faço uma maquiagem leve e deixo meu cabelo solto em ondas. Victor já estava pronto quando termino, então aviso à Duda, por mensagem, que estamos a caminho.

Marcamos de nos encontrar em frente à Casa Porto, um restaurante localizado no Bafo da Prainha, onde logo avisto Duda enquanto saio do carro. Ela já estava bebendo uma "mamata", uma bebida feita de maracujá e gengibre famosa do restaurante. Ao seu lado, estava Bruna, uma conhecida nossa com quem ela já tinha se envolvido algumas vezes.

– Oi, gostosa! – Digo sorrindo, abraçando minha amiga.

– Gostosa? Eu? Olha só pra você! – Responde, pegando minha mão e me dando um giro.

– Oi, Bruna. Que bom te ver! – A cumprimento com um abraço e dois beijos no rosto.

– Oi, Lu. Você tá um arraso mesmo! – Ela sorri, retribuindo meu gesto.

– Ah, para com isso. – Deslizo uma mecha de cabelo atrás da orelha. Com certeza já estava corando.

Victor cumprimenta as duas, abraçando Duda e apertando a mão de Bruna. Sem perder tempo, Duda me serve uma dose da "mamata", que tomo de uma vez e com muito gosto.

– Vamos? Acho que o samba já começou. – Convido, para irmos em direção à Pedra do Sal.

– Eu chamei uma amiga, combinamos de nos encontrar aqui também. – Explica Bruna.

– Então vou subir para pegar mais uma mamata. Vamos começar a noite!

– Amooo! – Grita Duda, com aquela animação típica dela.

Passo por uma porta e subo as escadas do corredor estreito, entrando no restaurante. Ao chegar ao segundo andar, vou direto ao balcão e peço uma garrafa ao atendente. Após pagar e pegar a bebida, volto para a praça, onde o pessoal estava. Logo tratamos de beber toda a garrafa, o que não foi nenhum sacrifício, afinal, não há batida melhor do que essa.

Alguns minutos depois, avisto uma mulher descendo do uber, aquela mesma mulher de olhos verdes que almoçou com a minha chefe na segunda-feira, acompanhada de um homem que se parecia muito com ela. Fiquei surpresa ao vê-los caminhando em nossa direção. Era a segunda vez naquela semana que a via, mas ainda não conseguia lembrar de onde a conhecia.

– Desculpe pelo atraso! – Disse a mulher, abraçando Bruna calorosamente. – Estava morrendo de saudades de você!

– Não tem problema, acabamos de chegar. Também estava com muitas saudades! – Respondeu Bruna, retribuindo o abraço com carinho.

Em seguida, a mulher se dirigiu para cumprimentar Duda.

– Oi, bandida! Quanto tempo, você sumiu! – Duda disse, abraçando-a animadamente.

– Passei um tempo em São Paulo a trabalho. – Responde ela, fazendo uma careta.

– Vem cá, deixa eu te apresentar minha amiga. – Diz Duda, já a puxando pela mão e parando em minha frente.

Sonho de um CarnavalOnde histórias criam vida. Descubra agora