Capítulo 4

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Eu sempre vou te amar
Você, meu querido você
Doces amargas lembranças
Isso é tudo que estou levando comigo
Então adeus, por favor, não chore
Nós dois sabemos que eu não sou o que você, você precisa
E eu sempre vou te amar
Eu sempre vou te amar, oh
I Will Always Love You

"Missing you is the hardest thing I've got to deal with everyday."

Eu aposto que nós temos memórias diferentes, você deve ter outros momentos favoritos de nós dois.

E o que eu vou lembrar aqui, se tivesse uma lista de TOP 5, ou TOP 10, ele seria o último, seria sempre o meu último motivo.

**

― Line, a Si convidou a gente para um rodizio. - Naty falou como se não fosse nada demais.

Não movi um músculo, estava tentando encontrar um esconderijo tão bom, mas tão bom, para até eu esquecer onde eu teria guardado aqueles gabaritos.

― Kopler?

― Hm. - emiti o som contra a minha vontade.

Bufei com raiva e joguei os dois papéis dentro de uma gaveta qualquer da minha cômoda.

Nunca esqueceria onde havia guardado aquela porra, minha cabeça não me deixaria esquecer.

― Sibéria nos convidou-

― Para um rodízio que tem perto da casa dela, eu sei você já falou isso três vezes. - enfatizei o número e olhei para minha amiga que franzia os lábios. ― Desembucha.

― Ela convidou seus pais também. E os meus.

Dei de ombros.

― É o que? Uma comemoração em família? - perguntei de forma debochada e soltei um riso pelo nariz.

A falta de resposta da Nataly me fez olhá-la.

Ergui uma sobrancelha.

― Quando? - perguntei.

― Semana que vem.

― Ok. - respirei fundo e sentei na minha cama, empurrando as pernas da minha amiga, que estava esparramada no local.

― Passou em tudo na faculdade?

― Cara. - falei e olhei para o teto do quarto. ― Obrigada, meu Deus por ter me ajudado a cursar esse ano de faculdade. Foi tenso. Mas muito obrigada pela proteção. - olhei pra Nataly ― Sim, passei em tudo. Amém. E você?

― Também, vamos só esperar o resultado das provas. A gente consegue né? - ela me perguntou.

Concordei com a cabeça.

― O negócio é continuar tentando se não conseguirmos agora e continuar nossas faculdades.

A menina mexeu a boca algumas vezes.

― É.

Ficamos em silêncio, fiquei olhando para minhas mãos e de repente, me veio à súbita vontade de perguntar.

Minha língua coçou, tentei me conter, mas não deu.

― Você sabe... - hesitei, pressionando um lábio contra o outro ― Sabe como ele está?

― Ele está bem.

Concordei com a cabeça e não comentei mais nada sobre José.

― E a Sibéria? - questionei.

Sem VocêWhere stories live. Discover now