48. Tatuagem e Descobertas

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Alguns dias se passaram e todos pareciam ter se acostumado com o lar temporário, voltaram a viver suas vidas de maneira tranquila e treinavam no tempo livre.

Eles adquiriram o costume de se reunirem todos os dias ao cair da noite no grande lago onde comiam e conversavam por longas horas, tentavam esquecer os problemas daquela forma. Bom, aquela iniciativa foi ótima para Minho já que conseguiu se aproximar melhor dos terráqueos se tornando amigos de alguns que se encantaram com suas histórias de astronauta. 

Naquele período Changbin continuou preso e isolado, basicamente a única pessoa que tinha acesso e permissão para ficar no mesmo lugar que ele era o comandante.  Jisung ia todos os dias para ver como o rapaz estava e tentar arrancar alguma informação dele.

— Essa coisa pequena... — O Lee reclamou e bufou, pegando o dragão pelo rabo. O animal estava de cabeça para baixo e batia levemente as asas. — Mandei você ficar em casa!

— Ele te ouviu, mas te ignorou. — Baekhyun falou ao seu lado, rindo fraco.

— É,  ele é bom em fazer isso. — Minho murmurou desanimado, largando o animal que voou até si e pousou em sua cabeça.  O moreno bufou.

Nos últimos dias o Han tentava convencer o marido a fazer sua primeira tatuagem como símbolo de sua força, Minho tinha certo medo de agulhas então enrolou para ceder, mas como era tradição do seu povo se tatuar a cada vida tomada, ele decidiu fazer.

Baekhyun o guiava para a caverna de Jiyong, ele era o responsável por tatuar os corpos do seu povo. A família dele quem iniciou a tradição séculos atrás.

— Não precisa ter medo. — O Byun encorajou, empurrando levemente o Lee para dentro da caverna ao ver seu olhar de incerteza. — Não há nada a temer.

"Nada a temer", Minho riu desanimado e engoliu a seco quando encarou o rapaz tatuado que lhe olhava com a maquininha na mão. Eles literalmente estavam no meio do nada, onde aquele cara havia conseguido uma máquina de tatuar?

O Lee deixou os questionamentos de lado ao se sentar no chão, erguendo a mão trêmula para o outro que puxou seu braço encarando o pulso fino.

— Vocês realmente se preparam para esse momento... — Comentou tentando se distrair, se assustando ao ouvir barulho de fogo ser aceso.

Encarou assustado a maquininha e a chama de fogo que saía de sua ponta, tentando puxar a mão quando o outro abaixou a cabeça e aproximou a máquina de sua pele.

Minho choramingou ao sentir o calor queimar sua pele, movendo os pés inquieto com a dor flamejante, sentindo seu ar lhe faltar aos poucos.  Sequer conseguia olhar para a pele que recebia o desenho, tentando pensar em qualquer outra coisa.

🚀

Quando JiYong terminou conseguiu ouvir um longo suspiro aliviado, rindo fraco da reação do outro. Os olhos pequenos de Minho caíram em seu antebraço marcado, encarando a tatuagem de uma espada cravada na cabeça de uma caveira.

Baekhyun não ficou consigo durante o tempo que tatuava,  ele apenas disse que o levaria e depois meteria o pé, e foi isso que fez e ainda levou consigo o pequeno dragão. O Lee agradeceu meio desacreditado ao terráqueo,  saindo de sua caverna enquanto encarava o próprio antebraço marcado.

Estava caminhando distraído quando percebeu que passou próximo a onde o homem estava preso, conseguindo ver Changbin sentado em um canto enquanto encarava o nada. Olhou ao redor e acabou se aproximando de onde o outro estava, olhando ele de maneira curiosa.

O prisioneiro também lhe encarou com os olhos cansados e fundos por causa de olheiras, afastando o corpo e o encolhendo quando o Lee se aproximou um pouco mais para se abaixar ao seu lado. Minho parou e o olhou, sentindo culpa ao perceber que ele estava com medo de si.

Tears [MINSUNG]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora