Capítulo 31

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Gabriel Barbosa

Cheguei em casa e subi direto para o quarto, tomei banho e passei o restante da tarde descansando, precisava relaxar, apesar do rendimento e da vitória, o dia foi desgastante.

Não gosto dele, não gosto da maneira como ele olha para ela e gosto menos ainda do mínimo de contato que já tiveram, assumidamente, desprezo Gabriel Pec.

A discussão em campo foi tão desnecessária, já estávamos saindo e ele começou falando que "você vive uma constante má fase" ,"esse gol foi pura sorte", já não me dava bem com ele, depois disso, minha visão escureceu, xinguei ele de todos os palavrões que eu conhecia, fiquei com tanto ódio que eu iria para cima dele se Gerson não tivesse entrado no meio.

- Já está pronto? -ouvi batidas na porta. Fábio entrou no meu quarto acompanhado da minha irmã.

- Só preciso colocar isso -peguei o colar de dentro da gaveta e me olhei no espelho.

- Giovanna vai estar lá -me atentei a fala dela. - Você ficou tão atônito a nossa conversa, que nem deve ter escutado quando ela disse.

Não escutei, mas já esperava.

- Por que está me dizendo isso?

- Sabemos que você se amarra nela, mas por algum motivo ainda desconhecido se afastou -Fábio falou, tentei questionar, mas eles não me deram vez.

- Exatamente -minha irmã continuou. - Com isso, por favor, não haja como fez mais cedo, sua atitude foi ridícula, ela falou com você e o que você fez? Ignorou, isso foi bem imbecil, espero que não se repita.

- Mas o que foi que eu disse?

- Esse é o problema, Giovanna falou e você não abriu nem a boca para responder o mínimo, imaturo da sua parte.

E realmente foi, não é culpa dela se eu não sei lidar com meus sentimentos.

Não quero relacionamento sério, mas desgosto da ideia de ver ela se envolvendo com alguém que não seja eu.

- Entendi, entendi, ser educado e não tratar ninguém mal, anotado, vamos? -saímos do quarto.

Meu primo estacionou o carro em uma área mais afastada, os seguranças desceram logo atrás, nos cercando, o cheiro forte de cigarro e bebida podiam ser sentidos de longe, mesmo em ambiente aberto, o vento forte da praia, as meninas com a pele bronzeada passando de um lado para o outro, Heaven.

Quando chegamos, Matheuzinho já estava com Wesley, na parte que havíamos fechado só para os conhecidos.

Baldes com gelo e garrafas de todos os tipos de bebidas espalhados pelas mesas.

- Olha quem tá vindo aí. -Matheuzinho me cutucou.

Júlia Rodrigues chegou me cumprimentando com beijos de lado.

Falei para ela que estaria hoje aqui e ela disse que ia me ver.

- Jogou bem hoje -passei a mão pelo ombro dela.

- Só não foi melhor, porque você não estava lá para me assistir.

- Você sabe iludir alguém -e eu sabia mesmo. - Não vou poder ficar muito. -espero que cheguem mais amigas da minha irmã.

- Que pena, marcamos depois então. - ela concordou.

- Dhiô -Júlia abraçou minha irmã, que estava falando no celular, quem faz chamada de vídeo em um show?

- Um momento Gi -retribuiu o abraço. - Saudades amiga. - Sim -voltou ao celular e observei Giovanna pela tela. - em que lugar você está?

- Aqui embaixo esperando o Nattanzinho entrar, camarote é sempre distante. -ouvi a voz dela, Giovanna gosta de galera, tumulto.

- Vem aqui em cima. -é, vem aqui, quero te ver pessoalmente. Pensei.

- Eu tô com um pessoal -virou a câmera para mostrar os amigos.

- Desce aqui Dhiô, ta passando cada pitelzinho, fala aí Gi. -a prima dela disse e minha irmã sorriu.

- Tá bem legal, Dhiô. -a loirinha confirmou.

- Venham me buscar. -olhei para cara da minha irmã negando. Júlia beijava meu pescoço e mesmo assim eu não me concentrava nela.

- Tô subindo então -Giovanna falou e desligaram a ligação.

- Presta atenção no que vai fazer -falei

- Sou sua irmã, mas não sou você -quando foi que essa menina cresceu?

Caralho. Minha boca secou quando deram passagem para Giovanna passar, delírio tropical, só podia ser, a saia não dava um palmo, ta faltando pano na loja onde ela compra essas roupas, não é possível.

Ela entrou falando de um por um.

- Giovanninha, Giovanninha, quando vai ser nosso casamento mesmo? -Matheuzinho perguntou.

- Te sai, cara, tô na fila há mais tempo -Wesley estalou os dedos.

- Vocês têm que entrar em um consenso, não posso casar com os dois ao mesmo tempo. -jogou a cabeça para trás gargalhando.

Quando chegou na minha vez, apertou a mão da menina que estava ao meu lado.

- Boa noite, Gabriel -segurou meu pulso e senti tudo ficar tórrido.

Com o mesmo sorriso de sempre, me senti um idiota por tratar ela com indiferença hoje mais cedo.

Giovanna tinha um encanto que faria qualquer um, repito, qualquer um cair aos seus pés.

O cabelo voando pela brisa forte, o olhar me fascinava e me seduzia, olhos de lua.

Soltou meu braço e passou mão na nuca. Sorri para ela e não foi necessário dizer uma palavra.



 Sorri para ela e não foi necessário dizer uma palavra

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ᴛᴀᴋᴇ ᴍʏ ʙʀᴇᴀᴛʜ ᴀᴡᴀʏ | ɢᴀʙɪɢᴏʟOnde histórias criam vida. Descubra agora