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Mariah Medeiros 15h40 PM, Sala de estar
Segundo o dicionário a palavra "mãe" refere-se a mulher que deu à luz, aquela que cria e cuida de seus filhos. Para mim, a palavra "mãe" evoca uma sensação única e inigualável de amor, proteção e apoio incondicional. Minha mãe é a personificação do carinho que vai além de palavras. Ela é a presença constante que moldou minha jornada desde o início.
No momento em que eu descobri que estava grávida, dois anos atrás, meu mundo caiu. Como que eu, no auge dos meus vinte e dois anos, deixei aquilo acontecer? Por muito tempo eu me odiei. Por muito tempo, quis que aquela criança nem nascesse. Mas foi o amor da minha mãe, que me fez mudar de ideia. Foi a sua presença constante e apoio incondicional que me fortaleceram e me fizeram ver que o maior amor que eu poderia sentir no mundo todo estava ali, no meu ventre.
E foi no dia doze de agosto, por volta das duas e dez da madrugada, que minha filha nasceu. Naquele momento, nada mais me importou. Era eu e ela, ali, naquele quarto de hospital, prontas para enfrentar o mundo e o que surgisse pela frente. Era eu, jurando a mim mesma que, mesmo sem um pai presente para ela, eu faria o meu melhor.
E agora, aqui estou eu. Participando de um reality show que pode ao mesmo tempo, me dar uma carreira na internet e acabar com a minha credibilidade em segundo. Tudo pela minha filha. Claro que deixar a Maria Isabel foi a coisa mais difícil que eu já fiz em toda a minha vida, mas só de pensar que eu poderia lhe dar uma vida melhor do que a que eu tive, já me dava um ânimo.
Éramos agora vinte e quatro participantes, a sua grande maioria muito queridos. Mas havia um, que me enchia o estômago de borboletas. Mateus era gaúcho, assim como eu, mas de Alegrete. Era educado, gentil, compreensivo com as pessoas e muito solícito. Um grande príncipe. Claro que nos meus planos eu não planejava me relacionar com ninguém, mas as coisas com ele fluíam tão bem que eu já nem me importava mais.
Agora, estávamos reunidos com alguns de nossos amigos no programa, conversando sobre coisas aleatórias. Eu deitava a minha cabeça na coxa do homem enquanto o mesmo me fazia cafuné... O clima não poderia estar mais agradável, bom, isso até engatarem no único assunto que me matava de vergonha, quando insinuavam que deveríamos realmente ficar juntos.
— Sabe que eu sempre quis conhecer uma fazenda? Colher o ovo botado na hora, pegar as verduras direto do pé, andar de cavalo... — Marcus revela.
— Mas esse é teu menor dos problemas agora, eu e a gurizada temos uma, cara. Qualquer dia tu aparece lá e fazemos todas essas coisas. — Matteus diz a ele.
— Acho ótimo, Alegrette. E você Mariah? Vai ser muito mais frequente pra você do que pra mim. — Marcus joga na roda me deixando vermelha como um tomate.
— Ai gente, assim ela vai ficar constrangida. — Wanessa me defende e ouve o vaiar dos outros da sala.
Que tal eu jogar algumas pedrinhas para ganharmos respostas sobre este casalzão? — Yasmin fala e nessa hora tenho vontade de me enterrar no chão.
Após quase todo o cômodo concordar, a loira vai até o quarto buscar seus itens e decido me sentar como todos. Ficar deitada me deixava mais nervosa do que o dor mal naquela situação.
— Bem, vamos lá. — Yas fala enquanto gira as pedrinhas em suas mãos. — O primeiro beijo do casal, vai rolar na próxima festa? Talvez galera. — Diz analisando o resultado.
— Pergunta se esse beijo está dependendo do alegrete. — Giovanna fala e logo recebe a sua resposta. — Mais ou menos.
— Gente, isso aí tá muito confuso. Por que a gente não troca de assunto? — Sugiro e para o meu desespero, meu nome continua na roda.
— Mariah, qual o nome da tua filhinha mesmo? Maria... — Vinicius pergunta.
— Maria Isabel.
— Olha aí, Matteus vai levar a Bebel pra passear nos domingos, andar de cavalo e brincar com os cachorros. — Vini diz olhando para mim com uma cara de provocador.
Maldito atleta.
— Mas levo mesmo, e com prazer. — O moreno diz olhando em meus olhos. — Adoro crianças, meu sonho é ter filhos. — Diz e a sala grita em comemoração.
Atacante o homem. E com um surto de coragem, solto a primeira coisa que sai da minha boca, bem como um convite.
— Já tomou banho hoje Matteus? — digo o olhando.
— Só não vou com você porque sou um moço comportado. — Diz e não posso deixar de rir.
Não sei o que o destino reservava para nós, mas espero que coisas boas. Porque não era coisa da minha cabeça, impossível. O guri me olhava de uma forma diferente. Não um olhar de querer pegar, era um olhar de querer casar! E cá entre nós, se ele me pedisse agora, eu aceitava sem nem pestanejar.
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A insônia bateu, e com ela veio a criatividade. O capítulo foi um pouquinho mais curto, assim como o anterior, mas espero que você curtam. Pedido da flamenwgo ❤️
Mais tarde vou dar uma revisada nos capítulos para consertar falhas e erros de digitação.
