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Mariah Medeiros 22h55 PM, Festa do Líder
Era finzinho de tarde, hora de começar a me arrumar para a festa que teríamos no programa hoje e meu coração está tipo um festival de fogos toda vez que troco um olhar com o Matteus. Cada palavra que ele solta é tipo uma melodia que gruda na minha cabeça, e quando rola aquele toquezinho de mãos, parece que o mundo dá uma pausa só pra gente.
Fazia tempo que eu não me sentia assim, apaixonada por alguém. O coração, meio adormecido, resolveu acordar de um sono profundo. E agora, eu me perguntava, o que fazer? Será que meus pais aprovariam? Aos meus olhos ele parecia o genro dos sonhos para eles. E minhas amigas? Bom, conhecendo elas acho que esse finalmente passaria no teste. Elas sempre enchiam a boca para falar que eu só arrumava homem que não prestava, mas cá entre nós, os boys delas não ficavam muito longe não.
Maria Isabel também era uma questão... Será que ela curtiria o jeito do Matteus também? Será que ele vai conquistar o coraçãozinho dela da mesma forma que está conquistando o meu? Às vezes, me pego imaginando como seria se os dois se dessem bem... Meu senhor, me coloca nos trilhos de volta, porque desse jeito eu vou me perder aqui nesse jogo.
Assim que termino de tomar banho eu vou direito para o quarto com as meninas para me arrumar. A festa era na paleta de cores azul, por isso me enviaram uma saia de paete preta e um cropped estilo tomara que caia na cor azul. Confesso que adorava roupas daquele estilo, me deixavam mais gostosa e consequentemente mais confiante... Isso se o look fosse acompanhado de um salto alto, claro.
Depois de sair do quarto, me direciono até a cozinha e encontro alguns dos meninos no local, incluindo Matteus.
— Mas olha essa gata que está entrando aqui dentro. — Marcos exclama em alto e bom som, me deixando vermelha dos pés a cabeça.
— Aí Marcos, que exagero. — Digo a ele.
— Exagero nada, — fala revirando os olhos. — o Alegrete que se cuide nessa festa, porque eu tô de olho.
— Meu Deus, o que é isso homem. — Solto enquanto coloco as mãos em meu rosto, tentando não rir. — Esqueceu que é gay, foi?
— Sério amiga, você está tão incrível que poderia ser a "cura" gay pra mim.
Solto uma gargalhada e me sento junto a Matteus na mesa, tentando me dispersar de toda aquela atenção momentânea.
— Nada mal. — Sussuro próximo ao seu ouvido. Sua reação é expontânea e me deixa ainda mais caidinha, ele sori e em seguida me abraça beijando o meu pescoço. Porém, esse sentimento logo some, quando eu vejo uma barata no chão da cozinha, muito próxima a mim.
