5. Limites

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Jin e Namjoon não se viram mais desde a noite do jantar e se limitaram a conversar por mensagens mantendo a boa convivência como se nada tivesse acontecido, embora em suas mentes a lembrança do beijo nunca os deixasse.

O ômega também conversava com Hajoon, que, por estar muito atarefado com o lançamento do seu livro, também deixou de vê-lo, o que, para ser sincero, Jin achou ótimo, já que seria o quarto e último encontro antes de transarem.

Mas ele não conseguiu adiar por muito tempo e decidiram sair para um encontro rápido e tranquilo em uma cafeteria. Conversar com Hajoon era sempre muito bom, ele era inteligente e gentil, o que deixava o ômega menos ansioso com o que fariam a seguir: o sexo.

Ele só não esperava que o encontro fosse interrompido por Lim Heekyung, a chefe sem filtros de Namjoon.

– Jin! – A alfa acenou e caminhou para perto dele. – Que ótimo te encontrar aqui.

– Oi, doutora. – Disse envergonhado.

– Ah, nada de me chamar de doutora, pode me chamar de Heekyung. – Falou animada e olhou para o alfa que o acompanhava.

– Ah, esse é Wi Hajoon, ele é um dos escritores da editora com que trabalho. – Apresentou o alfa.

– Uh, estou atrapalhando uma reunião de negócios. – Falou divertida. – Sou Lim Heekyung, sou a chefe do namorado do Jin. – O ômega arregalou os olhos com a fala dela e viu Hajoon erguer uma sobrancelha interrogativo. – Me perdoe, mas não resisti a vir te cumprimentar, gostei muito de te reencontrar. Vamos marcar uma noite de jogos entre casais na minha casa, o que acha?

– Ah, claro. Vamos sim. – Disse muito envergonhado.

Para sua sorte, o atendente da cafeteria anunciou o nome da alfa e ela se despediu, mas o clima constrangedor continuou.

– Então você tem um namorado? – O alfa perguntou visivelmente afetado.

– Não! É claro que não. Eu posso explicar tudo. – Ergueu as mãos em rendição. – Juro, não é nada do que está pensando, eu não estou te enganando.

– Ok, eu vou ouvir você. – Disse com um sorriso triste.

– Sabe o meu amigo Namjoon? – O alfa assentiu. – Eu fingi ser o namorado dele por uma noite em um jantar do trabalho dele, mas foi só fingimento, eu estou cem por cento interessado em você. Eu juro!

– Por que vocês fingiram?

Jin contou a ele toda a história, falando sobre o incidente da calcinha, sobre como a chefe de Namjoon valorizava a família e como tudo foi muito calmo, omitindo a parte do beijo, é claro.

– Foi só isso. Daqui um tempo o Joonie vai dizer que nós nos separamos e eu nunca mais terei qualquer contato com a sua chefe.

– E com ele? – Jin fez uma expressão confusa. – E o seu contato com o Namjoon?

– Meu contato com Namjoon? – Perguntou sem entender o que ele queria dizer.

– Jin, não me leve a mal, eu não sou esse tipo de namorado tóxico e abusivo que quer privar seu namorado de ter amigos ou coisa do tipo, eu realmente não sou. Eu tenho amigos e gosto de sair com eles, porque sei que é importante ter amizades e uma vida fora do relacionamento. Quero que tenha os seus amigos e saia com eles e não me importo de não estar junto, de verdade. Mas eu não posso evitar sentir ciúme do Namjoon.

– Hajoon, isso é bobagem, nós somos como...

– Irmãos. – Interrompeu-o. – Sim, você já disse, mas não são irmãos de fato e até fingiram ser namorados e todo mundo acreditou porque a amizade de vocês parece mais um namoro.

O alfa dos meus sonhos - NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora