CAP. 02

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▪︎ NO FIM DE SEMANA SEGUINTE:

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▪︎ NO FIM DE SEMANA SEGUINTE:

- Você veio. - Benjamin se levantou devagar, assistindo Jennie se aproximar. Hoje vestindo um moletom grande, deixando o corpo já pequeno, menor ainda. O adolescente conseguia achar a ômega adorável, e aquilo parecia engraçado, porque Jennie realmente aparentava ser uma ômega tranquila e meiga, muito diferente dos outros que conheceu. - Eu achei que não iria vir.

- Me lembro de ter dito que viria. - a ômega parou diante do adolescente, percebendo o brilho no olhar, a esperança. - Estava inseguro, não é?

- Sim, tive medo de estar me iludindo sozinho. - Jennie piscou, não esperando a sinceridade, mas agradecendo por poder entender os sentimentos de Benjamin. - Eu posso te abraçar, Jennie? - a ômega apenas maneou a cabeça, abrindo os braços e sentindo o corpo ter um solavanco para trás. - Obrigado, obrigado por vir.

- Não me agradeça por querer recompor minhas energias - Jennie suspirou, envolvendo os braços no corpo esguio de Benjamin. - Tive uma semana difícil e a única maneira de recarregar minhas energias era visitar você.

- Isso é... Eu não esperava por isso, na verdade - o adolescente se soltou do abraço, ficando um pouco envergonhado, olhando para a mulher mais velha. Os instintos de Benjamin estavam começando a falar mais alto, deixando a pose difícil para trás, mostrando seu lado meigo e sensível.

- Nós vamos ter visitas frequentes, sim? - Jennie disse simples, arrastando o olhar até o banco próximo à janela, que estava vago e parecia um bom lugar para conversar, assim como na primeira vez. - Até que eu possa te levar para passar o fim de semana em casa.

- Oh, as coisas estão ficando sérias assim - Benjamin brincou, tocando nos ombros de Jennie com certo receio, empurrando a mulher lentamente, indicando que queria se afastar das cuidadoras. - Vamos sentar.

- Quero me aproximar de você, Benjamin, de verdade. - Jennie começou, escutando o adolescente suspirar. - Eu imagino que não deve ser fácil acreditar que as coisas irão ser diferentes agora, comigo. Só que nós não precisamos tentar falar sobre coisas extremamente pessoais agora. Eu acho que seria uma boa ideia deixar você me perguntar o que quiser. O que acha?

- Eu posso perguntar qualquer coisa? - Benjamin agora parecia interessado, e Jennie, por alguns segundos, pensou estar indo pelo caminho errado. - Jennie?

- Sim, fique à vontade.

- Por que você quer adotar? - Jennie sentiu a pergunta atravessar sua espinha, mas se manteve imóvel, observando os carros.

- Tenho uma família grande: mãe, pai e sou uma dos sete filhos. - Benjamin arregalou os olhos, mordendo o lábio nervosamente. - Sempre sonhei em me casar e ter filhos, vários deles. No entanto, quando senti meu coração ser preenchido pelo amor, as coisas foram arrancadas de mim de maneira bruta e dolorosa. - Jennie parou por alguns instantes, agora também balançando os dedos nervosamente. - Dediquei-me muito à minha carreira depois de tudo, e agora quero ter minha própria família, passar mais tempo em casa e me dedicar a isso.

𝗁𝖾𝖺𝗋𝗍 𝖿𝖺𝗆𝗂𝗅𝗒Onde histórias criam vida. Descubra agora