𝘽𝙀𝙇𝙇𝙔𝙕𝙕𝙄𝙀 𝙂𝙍𝙀𝙀𝙉𝙀 é uma menina de 11 anos, ela mora na fazenda com sua família desde sempre, era tudo normal até as pessoas começarem a ficar doentes, por mais que isso tivesse acontecido a vivência na fazenda ainda continuava tranquil...
"Vou estar ao seu lado... Irei segurar sua mão, você e eu sempre."
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BELL
Acordei com alguns barulhos do pessoal falando alto mas não liguei muito para isso, fazia muito tempo que não tinha uma noite inteira de sono e pelo jeito eu passei do horário, essa beliche está extremamente desconfortável mas é bem melhor do que dormir no mato ou dentro do carro.
Abri meus olhos devagar enquanto me espreguiçava e só aí pude perceber que estou tapada ergui meu olhar e essa coberta é que Carl estava usando ontem a noite, me sento na cama ainda um pouco sonolenta e me inclino para frente para ver se Carl ainda está na beliche de baixo mas ele não está.
Ele me deu a coberta dele.
Os barulhos vindo das celas lá de baixo ficaram mais altos e eu pude ouvir o choro da minha mãe, isso me fez arregalar os olhos e correr para a direção, desci as escadas em uma velocidade surreal nem me importando com o quão perigoso isso foi. Assim que cheguei perto da cela Daryl estava andando de um lado para o outro discutindo com Rick sobre alguns prisioneiros, estou tão perdida.
Com medo andei em passos devagar seguindo o rastro de sangue que tem no chão que leva até uma das beliches, não sei quem está ali porque estão todos na frente.
— O'que está acontecendo!? - Perguntei me metendo no meio deles.
— Bell… - Glenn me puxou delicadamente pelo braço.
Esse ato não me impediu de ver meu avô desacordado na cama e com uma poça de sangue na parte das pernas, minhas lágrimas começaram a cair instantaneamente enquanto gritava pelo meu avô.
Minha mãe e Beth choram junto comigo mas não estão tão desesperadas quanto eu.
Glenn que antes me segurava pelo braço agora me protegeu em seus braços fazendo eu ficar com a cabeça em sua barriga enquanto ele fazia carinho em minhas costas e no topo da cabeça.
— Vai ficar tudo bem, ele vai ficar bem minha pequena.
Ele dizia repetidas vezes, esse apelido já me deixa mais segura vindo dele, enrolei meus braços em torno da sua cintura agora chorando baixinho querendo tirar a visão de meu avô da mente mas ao mesmo tempo querendo saber o'que aconteceu.
— Vamos sair daqui, sim? - Ele perguntou e eu apenas acenei com a cabeça.
Não queria sair de perto do meu avô mas também não quero ver ele assim, o choro de Beth e minha mãe me deixam mais nervosa ainda. Glenn me levou para fora da cela e foi comigo até as escadas novamente, mas desta vez nós nos sentamos nos últimos degraus, ele me contou o que aconteceu com toda a paciência do mundo. Já não chorava mais de uma maneira desesperada.
