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Chapter 5

EPÍLOGO

A casa parecia muito silenciosa na luz do dia. Os convidados da festa tinham adormecido nos sofás, nos quartos de visita, e se aconchegado no chão com cobertores e travesseiros. Resmungando, de ressaca, Yitian estava andando pela casa em um roupão azul, tacando garrafas de cerveja e latas vazias dentro de um saco de lixo preto gigante quando eu e Xiao Zhan descemos as escadas.
— Bom, caramba — ele pausou quando nos viu, piscando rapidamente. — Isso é o que acho que é? —Apontou para nossas mãos, nossos dedos entrelaçados. Eu apenas sorri, ainda com sono demais para me importar com fofocas e escândalos.
— Calma, amigo. — disse Zhan. — Não vamos começar nenhum boato prematuro. — Mas deu uma piscadinha quando nos viramos, e ouvi Yitian murmurar:
— De jeito nenhum, porra…
O coitado Dylan tinha passado a manhã no banheiro, sofrendo com os efeitos de toda bebedeira. Ele se arrastou para o carro antes de mim, resmungando que precisava de algo gorduroso de café da manhã e olhando feio para Xiao Zhan.
— Tem certeza que não quer vir com a gente? — disse quando Zhan me acompanhou pela calçada em direção ao carro. O ar da manhã estava fresco com uma brisa, então ele havia me dado seu imenso moletom macio para vestir. Ele caía pelas minhas mãos e descia até minhas coxas.
— Preciso ajudar Yitian a limpar. — Ele virou para mim quando chegamos no carro, me envolvendo em seus braços. Inspirei profundamente, fechando os olhos por um momento. Ainda estava cheirando tão bem.
— Além disso, acho que o Dylan ainda não está simpatizando o suficiente comigo pra isso.
— Ele vai superar.
— Eventualmente — Sorriu, deixando um beijo na minha testa ao se afastar de mim.
— Mas tomar café da manhã, em outra ocasião, é uma boa ideia.
— Que bom. Próximo fim de semana, então? — Não queria sair de seus braços. Sua proximidade despertou memórias tremeluzentes da noite anterior, a intensidade, a paixão, a brutalidade. Fez minha pele se arrepiar.
— Pra mim tá ótimo. — Ele deu um tapinha na minha bunda quando me afastei. — Agora se comporte.
— Ah, quanto a isso já não sei. — Parei com a porta meio aberta. Dylan resmungava para mim do banco do passageiro, reclamando que nunca mais beberia de novo.
— É difícil me comportar.
— Acho que vou ter que continuar te ensinando, então — disse, suspirando exageradamente. — Que chatice.
Eu sorri docemente, acenando com os dedos.
— Tchau, fracassado.
Ele sorriu, um aviso no seu tom:
— Yibo…
Ele tinha que saber no que estava se metendo. Ele podia me controlar, mas isso não significava que eu ia facilitar para ele.
— Desculpe, desculpe. Você pode me castigar da próxima vez — abaixei a voz, o suficiente para só ele ouvir —, Mestre.

E com um sorriso perverso eu sabia que ia ser castigado do jeito mais delicioso possível….

FIM

(....)

Obrigada por ler...

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