5.

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Uma semana depois do encontro na cafeteria, teve uma festa na casa dos Heyez. Tanto Kessy, quanto eu, estavamos lá.

Nós não queríamos chamar a atenção e suspeita de Jessy, então mal nos falamos. O irmão dela ficaria louco se descobrisse sobre a gente; alertou a garota. Eu já sabia disso antes mesmo de me envolver com ela.

Apesar de ter ficado irritada por causa da nossa última conversa no fim de semana passado, durante os dias que se seguiram, Kessy voltou ao normal comigo e, nesse dia da festa, estava agindo bem comportada quanto a nossa relação. Fiquei muito satisfeito por ela ter cumprido perfeitamente os meus termos; a garota deu o pé na bunda de todos que tentavam algo com ela. Os caras nem tinham chance, quando chegavam perto, a Heyez imediatamente já os dispensava. Nos olhavamos de longe; eu demonstrava, com o meu olhar, que estava aprovando as suas atitudes. Eu a recompensaria pelo bom comportamento, se no final das contas ela não tivesse ficado bêbada.

Em algum momento da festa, jogávamos cartas numa roda. O jogo em questão era em parceria e na dinâmica de; perdeu, bebeu. Kessy perdia toda hora por causa de seus parceiros ruins de jogo. Eu não estava gostando de vê-la beber tanto e deixei isso explícito no meu olhar. Mas, se ela notou a reprovação nos meus olhos, optou por ignorar. Eu já tinha descoberto qual era o seu limite para o álcool; ela precisava, então, aprender a se parar. Mas Heyez passou bem longe do autocontrole. Quando começou a passar mal, tentou me falar com os olhos. E mesmo com a garota pedindo por minha ajuda, eu só pude fingir não ver. Não era uma vingança nem uma punição. Eu não achava que ela tinha que lidar com aquilo sozinha, muito pelo contrário; queria poder ajudar. Mas, na nossa situação, a única coisa que eu podia fazer era chamar o irmão para cuidar dela.

— Jessy — o chamei. Ele estava jogando pôquer com uns caras. — Sua irmã não tá muito legal, bebeu demais.

— Ah, que merda, Kess — reclamou enquanto colocava dinheiro sobre a mesa. Estavam apostando grana. — Tô indo lá.

— Vai perder a vez, idiota — um deles falou. — Deixa a irmãzinha afogar o ganso. — os outros começaram a rir e a fazer comentários que irritaram Jessy.

E a mim também.

— Calem a boca, seus merdas! — ele xingou.

Eu calaria a boca de cada um deles com os meus punhos.

— JK, consegue trazer ela pra mim? — eu o observei por um momento, pensando se era uma péssima ideia a que estava se passando na minha cabeça: me colocar a disposição de cuidar da irmã dele. Rapidamente, tive a impressão de que tanto ele quanto os outros caras me levariam a mal, então desisti. — Me ajuda nessa... Tá me devendo uma mesmo, daquele dia que dei uma porrada naquele cara que esbarrou na sua moto, lembra?

Dei de ombros.

— Vou pegar ela.

— Valeu. — Jessy voltou sua atenção ao pôquer gritando com os amigos que ainda cochichavam comentários sobre Kessy.

Heyez estava de joelhos no chão, vomitando. Eu sabia que isso iria acontecer; quando ela estava na quarta dose de vodka pura. Tentei alertá-la, mas a garota continuou. Depois de dez doses, esse era o único fim possível. E a única coisa que eu podia fazer, era deixá-la sob a guarda do meu amigo.

— Kessy, vem comigo — me aproximei, pegando ela nos meus braços. — Seu irmão vai cuidar de você.

— Eu queria que fosse vo...

— Shh. — pedi enquanto a levava para Jessy.

Nós não podíamos dar qualquer indício naquele momento; não enquanto a atenção de seu irmão e dos outros caras estava focada nela sendo carregada por mim.

Babygirl Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora