17.

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A boca dela era macia na minha. Seus lábios tinham gosto de cereja, e o sabor doce mesclava com o frescor do hortelã e da menta no meu hálito.

Aquele beijo estava gostoso pra caralho, e eu mal tinha começado.

Minha mão se enfiou no cabelo da Heyez, enroscando os dedos nos fios e inclinando sua cabeça, o que me deu um ângulo melhor ao aprofundar minha língua. Kessy gemeu, a boca se abrindo mais para me receber, os lábios hidratados deslizando nos meus, a língua molhada roçando deliciosamente na minha. Apertei a garota contra a parede, tomando ainda mais dela.
Heyez colocou as mãos no meu peito e pressionou meu corpo numa tentativa inútil de me afastar; eu continuei imóvel. Ela tentou tirar a boca da minha, mas eu a beijei com mais vontade ainda. Quando forçou meu corpo para trás mais uma vez, eu finalmente larguei sua boca.

Dei um passo atrás, ofegante pelo esforço que tive de fazer para conseguir isso.

Kessy me olhou, também ofegando, as bochechas ainda molhadas e os olhos avermelhados e brilhantes. Respirei fundo, a observando com o desejo ardendo em meu olhar.

Devagar, me aproximei de novo, levando a mão ao rosto dela. Meu polegar deslizou gentilmente, secando a bochecha úmida. Aos poucos, fui chegando mais e mais perto daquela boca irresistível que estava me atraindo só de eu olhar.

Era como ser inconscientemente movido por alguma coisa. Eu apenas precisava sentir Kessy.

Nossos lábios foram se encontrando lentamente. Os primeiros encaixes, delicados. Até que um impulso nos fez agir com mais urgência. Nossas bocas se engoliram. Ela puxou minha camiseta, tentando me trazer para o mais perto possível. Minha mão firmou em sua cintura e eu a trouxe para mim com a mesma intenção. Apertei Kessy no meu corpo, querendo ter o corpo dela colado ao meu. Sua boca se abriu num ofego, e desgrudou os lábios dos meus. Rápida, ela virou o rosto, me soltou e se afastou de mim.

— Minha amiga deve estar me procurando — disse, ofegante, se virando para ir em direção ao banheiro. Segurei o pulso dela, dando os passos necessários para estar perto de novo. — JK, estamos numa festa, alguém pode ver... — alertou, olhando ao redor. Com ambas as mãos, peguei sua cintura. Meu rosto se inclinou, juntando nossas bocas mais uma vez. Eu a beijei por apenas segundos até ela parar, relutante. — Não sei se é uma boa ideia eu beijar você hoje...

Tombei a cabeça para o lado.

— Por que não seria?

Eu sabia. Kessy estava indecisa, receosa quanto a mim; hesitante em relação a nós.

— Acho que é melhor a gente dar um tempo. Preciso pensar. — declarou. Mesmo assim, eu continuei puxando o rosto dela para mim. Ela cedeu por mais um segundo até tirar os lábios dos meus. — Até eu entender a nossa situação, eu não... não quero beijar você. — afirmou, o olhar fixo na minha boca, apesar do que dizia.

— Tem certeza? — provoquei, a beijando.

Meus dedos pressionaram a nuca dela, se enroscando em seus cabelos. Kessy gemeu antes de tentar sair de novo.

— Tenho. — respondeu, ofegando.

Teimosa.

— Não parece. — sorri, curvando o canto da boca. — Pelo contrário, anjo, você parece querer me beijar.

— ...Talvez eu queira, muito — confessou ela, baixinho. Era o que eu precisava ouvir para ir com a boca sobre a dela com tudo. Heyez ofegou, cedendo por mais um momento. Porém, o beijo foi logo rompido. — Mas isso não significa que eu deveria e...

Empurrei ela para trás até suas costas baterem na parede, a beijando novamente. Kessy resistiu, tentou sair, mas eu a prendi com mais força, e ela ofegou com minhas mãos apertando seus quadris. Minha língua encontrou a dela, a garota gemeu, tentando se soltar. Com um rosnado, eu a pressionei contra a parede, ambas as mãos tomando posse de sua cintura e meu quadril se apertando nela. As unhas de Heyez arranharam meus braços quando minha língua adentrou a boca dela. Nossos lábios se abriram e se engoliram de forma selvagem. De repente, Kessy não estava mais resistindo. Ela estava entregue.

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