Haunted.

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P.O.V Serena…

Welcome back, queen Serena.

Eu me revirei na cama e abri os olhos com dificuldade franzindo a sobrancelha. Caramba quando eu dormi? Depois de alguns dias do meu encontro quente com Dominic na banheira, virou um costume que ele me fizesse visitas noturnas todos os dias, e ele nunca me deixava dormir. Minha rotina de sono estava totalmente bagunçada e constatei isso quando notei que eram cinco da tarde no relógio digital em cima da cômoda.

Gemi baixinho sentindo a constante ardência marcada profundamente em minha pele, percorrendo minhas pernas e coxas internas, marcas de arranhões e tapas vindos da nossa última madrugada intensa, estava cada vez mais difícil disfarçar, mas isso não importava para ele. Isso o excitava.

Saber que tinha deixado seu rastro no meu corpo e na minha mente, e logo depois sair para trabalhar como se nada tivesse acontecido, para na noite seguinte fazer tudo de novo, com ainda mais voracidade que a última vez.

Às vezes eu me esquecia que Dominic era dono de um estúdio de tatuagens, era um negócio tão próspero que ele mal precisava estar lá presencialmente, mas nos últimos dias alguns problemas estruturais estavam exigindo a administração forte dele mais intensamente.

Eu ainda estava nua e minhas madeixas despenteadas, as orbes ligeiramente inchadas pelo sono, com a aparência de uma lunática que grita “o fim do mundo está próximo!”.

Esfreguei meus olhos e me arrastei para fora dos lençóis resmungando baixinho, até que algo parado na ponta da cama roubou minha atenção, no instante em que percebi que não tinha notado a presença daquilo até aquele momento. Um embrulho preto com um laço brilhante prata.

Tombei minha cabeça para o lado com confusão, rodeei a cama e finalmente alcancei a caixa misteriosa, me sentei no colchão e desembrulhei tudo, até me encontrar com um tecido preto e branco, junto a um bilhete pequeno pendurado na tampa do objeto. Apertei os olhos para enxergar as palavras escritas em uma letra redonda e caprichada.

“1005 Mateo St, Los Angeles, CA 900.
Use isto. Te espero às 22:00.

— D.”

Meu coração disparou assim que vi aquela maldita inicial. Mas que lugar era esse? O que ele queria de mim? Dom era uma fodida caixinha de surpresas.

Porra… minha pele se acendeu naquele mesmo instante, a temperatura explodindo a ponto de que poderia derreter os travesseiros e cobertores em volta de mim. Outra festa? De quem dessa vez?

Apenas uma mudança de cenário para nossas fodas rotineiras? Uma tsunami de perguntas me pegou de jeito. E eu senti como se minha mente girasse loucamente em um carrossel.

Saquei meu celular e rapidamente encontrei o contato de Dominic.

“O que diabos está planejando, seu merdinha?!” Digitei rapidamente, minha respiração irregular.

“Me responda agora ou eu vou cortar seu pinto fora!”

Nem sinal dele. As mensagens nem chegaram.

– Que ódio! Seu neandertal do caralho! Tem celular pra quê? – desabafei comigo mesma.

Deixei o aparelho de lado e continuei a vasculhar, meus olhos se arregalaram quando achei o pequeno colar com uma cruz entalhada no pingente, cruzei as sobrancelhas no mesmo instante. Com movimentos rápidos e urgentes estendi aquela roupa diante de mim erguendo meus braços e finalmente me dei conta. Puta merda.

Senti minhas bochechas queimando vividamente em meu rosto.

Era uma fantasia de freira. Sensual e profana. Meu Deus…

BLOODLINES: LIVRO UM.Onde histórias criam vida. Descubra agora