Desejo💙🍸

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"Luísa narrando"

Mais uma vez Otto passa por mim com algo para abrir essa maldita porta. Mais um vez seu perfume amadeirado invade minhas narinas, mais uma vez seu corpo rossa no meu no pequeno espaço desse deposito, mais uma vez meu corpo estremesse e em minha mente passa o filme de seus lábios nos meus.

—Realmente não tem jeito. Teremos que esperar que alguém sinta nossa falta e venha nos procurar. -sua voz rouca me desperta de meus devaneios e o agradeço mentalmente por isso. Minha mente estava tomando rumos que eu duvido que meu corpo resistisse por muito tempo.

Sem pensar muito passo por ele e me encosto na porta. Ficar presa aqui não é uma opção.

—DURVAL... CLAUDIA... ABRI AQUI. -grito a plenos pumões

—Não adianta gritar Luísa. A musica está alta e o deposito é afastados, eles não vão nos ouvir. Temos que esperar -a tranquilidade de Otto chega a me irritar

—Que se dane a espera. Eu quero sair daqui e essa sua tranquilidade me irrita. -explodo

"Otto narrando"

Vê-la irritada é um prazer a parte. É claro que estou preocupado de estar preso aqui, mas sinceramente não estou nem um pouco incomodado com isso. Luísa está surtando e eu não sei se é pelo espaço pequeno ou por causa de mim.
A observo sem que ela perceba.
Mas ela está distraida demais para perceber que a observo. Seu vestido molda perfeitamente seu corpo. Sua maquiagem delicada apenas resalta sua beleza já natural. Seus cabelos estão presos num rabo de cavalo alto, que me dar espaço demais para usar minha imaginação e só desejar segurar firme ali enquanto seus lábios estão grudados nos meus.
Não canso de dizer que essa mulher é linda, e é o motivo da minha tentação diária.
Tê-la por perto me faz sentir coisas que a muito tempo não sentia.

—O Durval não poderia ser mais pão duro. Custava concertar essa maçaneta? -a ouso reclamar pela milezima vez nos dez minutos em que estamos presos aqui.

—Você ficar forçando essa faca na porta não vai resolver nada. -rebato enquanto a vejo se agaichar para tentar forçar a maçameta enquanto olha mais de perto

—Pelo menos estou tentando algo e... AI.

Luísa solta a faca que cai no chão e vejo o exato momento em que um filete de sangue escorre entre seus dedos. Ela põe a mão ali e solta mais um mumurio de dor. Meu coração se aperta e eu corto a pequena distancia que nos separava, fazendo assim nossos corpos se colarem.

—Eu avisei que não adiantaria fazer nada. -minha voz demonstra preocupação e ela percebe por que não rebate, apenas se queixa da dor

—Está doendo. -choraminga

—Me deixe ver. -peço e ela afasta a mão sem questionar

O corte na mão esquerda entre o polegar e o indicador é superficial mas o sangue não para de escorrer. Sem pensar muito abro minha camisa social e puxo a ponta até que o tecido alcance seu corte na tentativa de estancar mais o sangue.
Luísa me observa em silencio, seus olhos curiosos percorrendo meu peitoral com tanta itensidade que quase posso acreditar que ela pode ver atravez da minha camiseta branca. De repente seus olhos alcansam os meus e sinto-me me perdendo naquela imensidão.

"Luísa narrando"

Otto parece hipnotizado enquanto sustenta seu olhar no meu. O tecido ainda esta tampando meu corte que parece arder menos sob seus cuidados. Sem tirar meus olhos dos seus, ergo a mão que ele não segura e desliso a ponta dos meus dedos por seu peito, sinto seu coração acelerar e seu peito subir e descer desritmado numa respiração acelerada demais para parecer normal. Ele afasta o tecido do corte e por um instante penso que se afastara de mim.

E se... LuOtto Onde histórias criam vida. Descubra agora