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Pós lançamento do livro

"Otto narrando"

Muitos minutos depois vejo quando Luísa desce as escadas, os cabelos antes presos agora caem soltos sobre os ombros, os lábios ainda parecem inchados pelo nosso beijo, a pele brilha e seu olhar é confiante. Assim que seus olhos encontram os meus eles mudam, suavizam e piscam lentamente. Em seus lábios se forma o meu sorriso favorito.

Ela se aproxima de nós e minha mãe não perde a oportunidade de soltar um comentário inconveniente.

—O que houve Luísa? Mudou o penteado?

Luísa me olha, a pele de seu rosto logo alcança um tom lindo de vermelho, ela está envergonhada. Olho minha mãe e um sorriso perspicaz desenha seu rosto. Ela sabe.

—Eu... é...

Luísa gagueja e eu até penso em intervir mas se eu fizer isso dona Glória terá a certeza que ela quer.

—Vó tem alguém que quer falar com você sobre algum quadro. Vem comigo.

Fomos salvos pela Poliana que chegou tão de repente e arrastou minha mãe para longe. Do meu lado ouso quando Luísa solta o ar num suspiro sonoro.

—Essa foi por pouco. -digo observando minha mãe conversando com um senhor grisalho

—É, foi sim. -me viro para olhá-la e ela está sorrindo para mim

******

O evento finalmente chegou ao fim. Minha mãe se aproxima junto com Luísa e Poliana.

—O evento foi um sucesso, vocês estão de parabéns meninas. -digo recebendo um sorriso de cada uma

—Agora preciso organizar tudo para amanhã. -Luísa constata e percebo o olhar cúmplice que minha mãe troca com a Poliana

—O Otto pode ficar para te ajudar -minha mãe solta e Luísa me olha

—É pai, a tia Luísa precisa de ajuda e minha vó e eu estamos muito cansadas. -Poliana solta um bocejo teatral para dar mais realismo ao que diz

—Claro que posso ficar e ajudar. -respondo enquanto Luísa sorrir negando com a cabeça

"Luísa narrando"

Poliana e dona Glória armaram esse plano do Otto ficar e me ajudar como se não soubéssemos de seus reais motivos.

—Sua mãe e a Poliana são péssimas mentirosas. -digo retirando um jarro de flores da mesa para guardar numa sala até a equipe de organização de eventos vir buscar

—Mas admito que adorei a ideia de poder ficar sozinho com você. -sua voz baixa e rouca me causa arrepios ao ser falada tão próximo ao meu ouvido

Sinto quando sua mão me envolve por trás, sendo espalmada em meu ventre. Ao mesmo tempo em que seus dedos rosam suavemente em meu pescoço quando afasta meus cabelos para ter livre acesso a pele sensível abaixo da minha orelha. Seus lábios macios me tocam ali. Meu coração dispara, meu sangue pulsa, meus pelos arrepiam e minha pele esquenta apenas com a maravilhosa sensação daquele toque.

—Otto...

Murmuro quando ouso o zíper de meu vestido sendo deslizado e o tecido ficando cada vez mais frouxo em meu corpo.

—Tomei o cuidado de trancar a porta da galeria. Ninguém vai entrar aqui. Somos só nós.

Nesse momento o vestido cai em volta dos meus pés me deixando apenas com a lingerie branca rendada. Ainda de costas para ele, seus lábios agora tocam os ombros num beijo febril, ele vai descendo lentamente beijando cada centímetro de pele das minhas costas.

—Na primeira vez em que dormimos juntos eu observei um sinal que você tem nas costas e desde então desejo beija-lo sempre que te vejo.

Sua fala me deixa sem ar. De fato tenho um único sinal nas costas e ele ter observado isso me encanta. Estou tão envolta em meus pensamentos que só percebo que ele soltou o fecho do meu sutiã quando ele desliza a peça por meus braços.
Otto me vira lentamente me deixando de frente para si. Seus olhos ardem em luxúria quando observam meus seios pontudo de desejo. Sem demora ele toma um deles na mão enquanto abocanha o outro com vontade, como se sua sobrevivência dependesse disso.

Jogo a cabeça para trás não resistindo a onda de prazer que me atinge.
Ele para as carícias em meus seios mas não separa sua boca da minha pele.
Depositando beijos e lambidas ele desce se ajoelhando a minha frente, enfim separa seus lábios da minha pele. Segurando em cada lado da minha calcinha ele a desliza por minhas coxas, panturrilha até passá-la por meus pés. Lentamente e sem desviar por um segundo seus olhos dos meus.

Otto leva o tecido até o nariz e exala com força, em seguida guarda em seu bolso. O movimento provocador faz meu centro de prazer palpitar.
Sem pensar em mais nada me atiro em seus braços reivindicando seus beijos molhados e quentes.

Em segundos suas roupas se juntam com as minhas no chão. Otto me segura pela cintura me colocando em cima da mesa onde horas antes estava cheio de livros para os autógrafos.
Suas mãos percorrem meu corpo, marcando com fervor cada centímetro que toca.
Mas é quando ele se posiciona na entrada da minha fenda e penetra lentamente que o tempo a nossa volta parece parar. Só existe nós dois enquanto minha intimidade úmida lhe recebe centímetro a centímetro.

Seus movimentos são precisos, firmes e me levam a loucura. Nossos gemidos se espalham pela galeria, eu nunca mais vou conseguir vir trabalhar aqui sem pensar nesse momento. Sem pensar em nossos corpos suados colados um no outro, sem pensar nos seus gemidos roucos chamando pelo meu nome sempre que contraio os músculos íntimos a cada arremetida, dos seus olhos escuros de luxúria e suas pupilas dilatadas enquanto me encara fixamente, dos seus lábios inchados após cada beijo intenso que trocamos.

******

Mais uma arremetida profundo e meu corpo não resiste, em espasmos intensos chego ao clímax no mesmo instante em que Otto também chega se derramando todo dentro de mim.

—Ainda que me mande embora aos gritos eu nunca me afastarei de você. -ele murmura e em seguida deposita um beijo terno em meus lábios

—Por que diz isso? -pergunto confusa

—Por que meu coração lhe pertence. -responde somente

Ele se desvencilha de mim, seguro em sua mão e Otto me puxa para junto de seu corpo. O abraço deitando a cabeça em seu peito sem conseguir dizer uma única palavra depois de sua tão genuína e sincera declaração.
Ouço seu coração disparado e tenho certeza de que o meu está igual.
Ele deposita um beijo carinhoso em meus cabelos e nesse momento percebo que não quero mais viver sem ele, que a simples menção em perdê-lo me mata por dentro.
Que independente de qualquer coisa é com ele que eu quero construir um futuro, uma família, uma vida.

—Eu te amo. -murmuro por fim

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E se... LuOtto Onde histórias criam vida. Descubra agora