| Capirulo 24 - O dia seguinte |

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Ana

Bip.

Bip.

Bip. Bip. Bip.

O som era irritante e me impedia de dormir um pouco mais. Tentei levantar meus braços e tatear a procura do aparelho, mas eles pareciam pesar duas toneladas.

Todo o meu corpo estava começando a doer, como se eu estivesse excedido o meu limite na corrida.

- Hum... - gemi de dor ao sentir uma pancada na minha lateral, mas não consegui abrir os olhos.

Fora o som do bip irritante, todo o resto soava como se eu estivesse submersa no mar. Não conseguia identificar nada.

Um peso confortável que estava em cima de mim, foi retirado e me senti com frio. Queria protestar, mas não conseguia falar.

Senti uma mão quente no meu rosto e me assustei com medo de quem poderia ser.

Se isso era um sonho ou um pesadelo, por que eu não acordava? Por que esse Bip não parava?

Senti uma picada na minha mão e depois tudo parou. Relaxei e agradeci pelo bip finalmente ter acabado.

X

- Ana? - ouvi a voz de Sloane ao longe e abri meus olhos lentamente.

Eles ardiam e logo os fechei antes de tentar novamente. Meu corpo latejava de dor. Todo e qualquer esforço estava tomando uma finita força que eu não sabia se ainda tinha.

- Ana! - a alegria em sua voz era contagiante e sorri pra ela, ou acho que tentei.

- Slo? - minha voz soou rouca, fraca e seca - O que aconteceu?

Eu estava deitada em uma cama de hospital. Haviam acessos intravenosos em minhas mãos, e fios que estavam acoplados em pequenas placas no colo e braços e iam para umas máquinas estranhas do lado da cama.

O quarto estava em meia luz e não precisei me esforçar muito para saber o porquê. Samila e Nathan estavam dormindo em um sofá cama que ficava debaixo de uma janela. Stephen estava deitado todo torto em uma dessas cadeiras do papai que estava um pouco ao lado da cama, como se ele estivesse a posicionado ali. Jethro estava sentado com os braços cruzados e cabeça abaixada em uma poltrona ao lado da porta. Apostava que estava dormindo.

Olhei para Slo de pé ao lado. Seus olhos claros brilhando em expectativa. Estendi a mão para ela que a segurou sem hesitar. Com muito cuidado para uma garotinha tão nova, ela subiu na cama e deitou ao meu lado.

- Por que estamos nos hospital? - ela era a única pessoa a quem eu poderia perguntar.

Estava desejando desesperadamente por um copo de água, mas não queria ficar longe da Sloane.

Como ela se deitou ao meu lado direito, tentei abraça-la e senti uma fisgada na minha barriga, do lado esquerdo. Coloquei a mão em cima e senti como se tivesse um monte de tecido formando um montinho.

Tentei afastar as cobertas um pouco, mas o esforço me teve mais cansada e preferi deixar como estava por medo de perder a consciência.

- Você não lembra do que aconteceu, Ana? - perguntou e olhei pra ela tentando encaixar algumas peças.

- An... peguei vocês na escola e depois voltamos pra casa, não? - não foi isso o que aconteceu?

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⏰ Última atualização: Mar 06 ⏰

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