Vingança, Doce e Amarga.

01| A Boate

04 de Julho de 2008
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Lucia Barret Pov:

Era uma tarde nublada, silenciosa, parecia assustador, mas todos os dias estavam sendo uma luta pra viver dentro da casa dos meus pais. Minha mãe e meu pai estão com muitas dívidas para uma família, chamada família Fontenelle, e a gente não tem nenhum recurso pra conseguir pagar as nossas dívidas, então com isso, que com apenas 17 anos eu estou tentado trabalhar pra conseguir o dinheiro pra pagar as dívidas que a minha família tem, tô tentando deixar os estudos de lado por enquanto, pois os estudos não vão me dar dinheiro no momento.

Até que eu me retirei do meu quarto pra ir para cozinha. Desci as escada e vi a minha mãe sentada com a cabeça baixa com a expressão triste, mas ignorei, já sei o motivo dela está assim.

Fui até a geladeira e me deparei com uma cena nada agradável, a geladeira estava completamente vazia, não tinha nada além da garrafa de água que estava dentro daquela pequena geladeira. Me direcionei em direção a minha mãe e perguntei:

- Mãe! Por qual motivo a geladeira está vazia?!

Perguntei em um tom frustrada.

- Minha filha, a comida acabou, estamos sem dinheiro pra comprar comida, seu pai está se matando de trabalhar pra tentar pagar as nossas dívidas. Eu simplesmente não sei mais o que fazer...

Ela diz triste e chorando.

Fui até ela e abracei ela, nossa família estava completamente acabando, e está situação estava sendo muito complicada tanto pra mim e tanto para meu pai e a minha mãe, então falei:

- Mãe, eu estou trabalhando em uma cafeteria, estou tentando de tudo pra ajuda a gente á sair dessa situação, não fique triste, nós vamos pagar essa dívida todos juntos.

Falei pra minha mãe tentar se acalmar, mesmo eu sabendo que o salário da cafeteria, era apenas o mínimo de dívidas que a minha família tinha.

- Minha filha, você sabe que não pode tá trabalho com essa idade, você é apenas uma adolescente, era pra tá se divertindo e estudando, e não trabalhando pra pagar as dívidas que eu e seu pai causamos.

Tentei acalmá-la mais uma vez:

- Fica tranquila mãe, não fique triste comigo, eu vou conseguir terminar meus estudos, mas primeiro tenho que ajudar vocês a conseguir sair dessa situação pra não cairmos na rua.

- Minha filha...

Então fui em direção até a porta de casa e saí.
Eu fui andando na calçada da minha rua, há caminho da cafeteria que eu estava trabalhando de meio período. Eu preciso achar um trabalho que eu consiga ter dinheiro mais fácil, pra eu conseguir tirar a minha família dessa dívida de uma vez por todas.

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Fiquei trabalhando na cafeteria até 21:00 da noite, até eu a minha colega que estava limpando o chão me perguntou:

- Você tem quantos anos?

Olhei pra ela surpresa, porque desde que eu comecei a trabalhar aqui, nós nunca trocamos nenhuma palavra, além de ser relacionado ao trabalho.

- Eu tenho 17 anos e você?

Perguntei e ela me respondeu:

- Tenho 20, você sabe que nem era pra trabalhando ainda com sua idade né?! Fiquei sabendo que você começou a trabalhar aqui, por causa da sua família que está devendo pra família Fontenelle, quer dizer que você tá trabalhando pra ajudar no erro que seus pais cometeram?