Capítulo 10: Coelhinho cenoura, coelhinho morango

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🍷 🌶️

– Eu realmente queria comer esse bolo. – Jungkook fala dando as costas para mim, seguindo para sua sala luxuosa. Corro os olhos no ambiente e só depois de hesitar, eu entro, mesmo sem saber se me dar as costas foi uma permissão. – Seu cabelo fica bonito assim, natural. Ainda bem que deu tempo de tomar banho antes do chuveiro queimar.

Fico paralisado com seu elogio repentino e tenho certeza de que estou corado, porque sinto meu rosto quente. Abro um sorriso amarelo bem a tempo dele se virar novamente em minha direção ao se sentar com as pernas cruzadas e braços abertos no encosto do sofá em L branco que ocupa a sua sala, me olhando com um leve sorriso no rosto. Meu cabelo recém-lavado me entregou, não tenho como fugir dessa, então só o que me resta é sentar na outra parte do sofá, mas antes coloco o bolo sobre a mesa de centro dourada como ouro.

Sinto os olhos de Jungkook me acompanharem enquanto me ajeito no sofá, um pouco ansioso por estar ali. Não é a primeira vez que estou em seu quarto, mas dessa vez é diferente, estou aqui e não quero brigar e isso é novo para mim. No entanto, eu tenho uma pose para manter, então questiono:

– Se realmente queria o bolo que a Sarang fez para você, por que enviou para mim?

Pego uma almofada e começo a brincar com a costura do tecido, enquanto Jungkook diz simplesmente, como se o gesto de me mandar o meu bolo preferido não fosse nada de mais:

– Você parecia precisar mais dele do que eu.

– Ou será que ele sempre foi pra mim? – retruco arqueando a sobrancelha.

– Deixa de ser convencido, Park. – ele diz agitando-se e mudando sua posição no sofá. Assim como eu, agora ele segura uma almofada no colo, e eu deixo uma risada escapar diante da sua resposta.

Pelo estado de seus fios também desalinhados, seu moletom cinza e sua camiseta branca, ele já tomou banho, então não hesito em perguntar quando o analiso tentando ver como as consequências do paintball aparecem em seu corpo.

– Como estão as marcas? Você já passou a pomada?

– Eu seria um cretino agora se dissesse que não, então, sim, eu já passei. Aliás, obrigado por ela. As marcas estão melhores, não se preocupe com isso.

– Que bom! Fico feliz em saber que ajudei de alguma forma, já que fui eu quem causou elas.

– Queria poder dizer o mesmo. – ele diz isso e seu olhar, com um leve toque de pesar, vagueia do meu peito ao meu pescoço, se perdendo em meu rosto, e eu sinto meu rosto esquentar um pouco, mas de repente em um salto, ele se põe de pé e conclui: – Vamos comer esse bolo ou não?

– É... Vamos? – eu falo e também me levanto, mas ao fazer isso meu estômago ronca e ronca alto. Sério, é um barulho muito feio, parece que não como há uns dez dias. O som é tão alto que Jungkook me olha curioso.

– Está com fome? – ele pergunta e o percebo pensativo.

– Um pouquinho. – falo, sabendo que não adianta negar.

– Se quiser, podemos pedir alguma coisa para comer. Eu não devo ter nada no armário... Bom, se quiser podemos jantar juntos, confesso que eu também estou com um pouquinho de fome. – ele fala rodeando tanto, que eu chego a pensar que ele está com medo de me propor isso.

– Quero. – eu falo e me adianto para o interior de seu apartamento, indo para a cozinha. Quando estou nela, saio abrindo os armários na maior ousadia e o ouço vindo atrás de mim. – Não é possível que com armários desse tamanho você não tenha nada para comer, Jungkook.

Meus Encontros, Minhas Regras ● JIKOOK Onde histórias criam vida. Descubra agora