Capítulo 11: A etapa da pegação - Eu (não?) vou cair na sua lábia

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Música que ouvi enquanto escrevia:

Lábia - Jão

Geleira do tempo - ANAVITÓRIA, Jorge & Mateus

Me Beija com Raiva- Jão

Pilantra- Jão

🍷 🌶️


Depois de sair batendo o pé irritado com a ceninha na academia, voltei para meu quarto. Tomei outro banho praguejando e pensando em mil maneiras de fazer Jeon Jungkook se acidentar enquanto faz agachamento, que, por sinal, deixa sua bunda magnífica, ou, sei lá, tropeçar no próprio pé enquanto corre na esteira, mas não cheguei a nenhuma conclusão que não me fizesse culpado no final, então apenas desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha branca e saí do banheiro.

Domingo é dia de almoço em família para os Parks, e é claro que minha mãe quer me ver lá. Escolho uma roupa simples, composta por jeans e uma camiseta preta. Olho meu reflexo no espelho e noto minhas bochechas mais cheiinhas, dou dois tapinhas de cada lado, o que as deixa coradas. Ainda sou lindo pra caralho, mas, definitivamente, Los Angeles e dias sem dançar não combinam.

Enquanto alinho meus fios vermelhos, meus olhos focam em um ponto em minha cama e eu suspiro ao dizer:

- Talvez eu deva mudar seu nome, bebê. Kookie é quase uma ofensa para um bebê tão fofinho como você.

Eu me aproximo do meu coelhinho cenoura e deixo um beijo em sua cabeça de folhinhas verdes. Depois o olho por alguns instantes e falo sorrindo bobo:

- Você não quer mudar de nome? Tudo bem. Não farei isso, mas fique ciente que eu odeio a pessoa que me inspirou a dar esse nome para você.

Meu Deus! Estou mesmo doidinho de pedra. Onde já se viu falar com um coelhinho de pelúcia? Balanço a cabeça afastando meu pensamento e volto para frente do espelho. Passo meu gloss com cheiro de chiclete, meu perfume para dias quentes como o que está fazendo lá fora e pronto, estou perfeito. Deixo o meu quarto torcendo para não encontrar Jungkook novamente. O universo seria muito sacana comigo se me aprontasse uma coisa dessas.

Para meu alívio, ou não, não o encontrei. Nem ele e nem seu carro no estacionamento. Claro, não que eu estivesse procurando, é só que ele andou estacionando seu carro próximo à minha vaga desde o dia do jantar que deu tudo errado e eu fui parar em seu quarto pelado. Então, eu sempre sei quando ele está ou não em casa, ou pelo menos acho que sei, porque ainda tem os dias em que o carro dele está, mas Jin veio buscá-lo. E eu penso em tudo isso só para concluir, dando de ombros, que tanto faz se ele está ou não.

Dou partida no conversível do meu pai e sigo em direção à casa que passei grande parte da minha vida.

Chego por volta do meio-dia e dou de cara com meu pai se servindo de uísque na sala.

- Está atrasado. - o velho diz e em seguida toma um gole de sua bebida.

- Para quem não queria nem estar aqui, até que cheguei cedo. - retruquei.

Meu pai franze a testa e cerra os olhos em minha direção, em seguida caminha até sua poltrona e senta, e como se eu não estivesse ali, volta sua atenção para o programa de restauração de carros exibido em sua TV. Penso em encontrar os outros moradores da residência, mas ver meu pai sentado na sua poltrona de sempre assistindo o tipo de programa que eu muitas vezes assisti com ele, porque eu queria estar em sua companhia, me fez ficar. E ali, eu fiquei em silêncio apenas olhando os mecânicos restaurarem um Pontiac Firebird 67, sem nem perceber o tempo passando.

Meus Encontros, Minhas Regras ● JIKOOK Where stories live. Discover now