Amor Proibido

A força do destino

Estou sentada na sala de aula, ouvindo a professora anunciar que todos terão de trabalhar em duplas para um novo projeto. Um murmúrio de animação se espalha pela sala, com os alunos pensando que podem escolher seus próprios parceiros.

Mas a professora aparentemente tem outro plano em mente. Ela mostra uma grande caixa na frente da sala, dizendo que vai realizar um sorteio para determinar as duplas. Os rostos dos alunos cairam, percebendo que não teriam controle sobre com quem eles trabalhariam.

A professora começa a tirar nomes da caixa, anunciando um por um os nomes das duplas. Sinto um nó no estômago, esperando que meu nome não seja chamado com o de Dylan.

Mas, como o destino gosta de brincar comigo, ouço meu nome sendo citado. Um calafrio percorre por todo meu corpo, eu poderia enfiar minha cabeça nas minhas mãos desejando que estivesse em qualquer outro lugar.

— Madylen e Dylan — a professora diz com um sorriso, como se estivesse ciente do desconforto que essa dupla causaria. — Vocês vão trabalhar juntos.

Olho em horror para Dylan, que apenas sorri e dá uma risadinha, como se estivesse divertido com o dilema em que nos encontram. Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Além de tentar fazer o impossível ajudando ele nas notas eu ainda precisaria fazer um trabalho escolar com ele.

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Eu ando em direção ao ponto de ônibus, meu coração bate mais forte enquanto eu tento processar o que aconteceu na aula e com o que teria que lidar, meu novo parceiro de dupla, Dylan. O nome dele ecoa em minha cabeça, como uma música que não consegue sair da minha mente. Eu ainda sinto um aperto no estômago quando penso nele, tentando evitar imaginar o que poderia acontecer quando nos encontrarmos para trabalhar juntos.

Mas, é como se o universo estivesse zombando de mim, eu vejo Dylan caminhando na mesma direção que eu, olhando para o celular, provavelmente distraído. Meu coração parece querer sair do meu peito, bateu tão forte que eu quase não consigo pensar direito.

Eu fico parada no meio do sinal, meu coração batendo à milhão enquanto Dylan se aproxima. Eu sinto meu pulso acelerar e minha mão começa a suar, eu sei que o melhor seria apenas ignorá-lo e continuar andando, mas eu simplesmente não consigo me mover, ele é quem eu menos quero ver agora.

De repente, ele levanta o olhar, fixando em mim. Nosso olhares se encontram, e eu sinto como se tudo em volta de nós fosse lentamente se esfregando. Ele sorri e me dá o dedo do meio e eu reviro os olhos, um sorriso que deixa qualquer pessoa quebrar as pernas, e o pior é que, apesar de tudo, eu não consigo parar de olhar.

— Ei Madylen, como está? — pergunta Joshua, seu tom de voz gentil e confiante.

Joshua é um dos meninos mais gentis que eu conheço, ele fez aulas de computação junto comigo, mas acabou que eu tive que parar de fazer essas aulas e isso me afastou dele.

Eu devolvo um sorriso, feliz por ter sido interrompida antes que Dylan pudesse me abordar.

Mas quando olho para o lado, percebo que Dylan está nos encarando com uma mistura de desdém e curiosidade em seus olhos.

— Tudo bem, Joshua — eu respondo, tentando manter a calma, apesar da raiva que consigo sentir vindo de Dylan. — E com você?

Joshua começa a falar animadamente sobre seu dia e seus planos para o fim de semana, mas eu mal consigo me concentrar em suas palavras. Minha mente fica presa no olhar de Dylan e no fato de que ele parece estar mais interessado em nossa conversa do que eu esperaria.

Enquanto isso, eu continuo a conversar com Joshua, tentando ignorar a presença de Dylan e o aperto no meu estômago que me faz questionar se há algo mais entre nós do que eu estou disposta a admitir.