Um som irritado escapou pelos lábios de Leonidas enquanto o mesmo se olhava no espelho, tentando encaixar o maldito colar de tiras em seu peitoral.
Aquela merda era desconfortável demais e apertava sua pele, fazendo as marcas insistentes de Apollo arderem levemente.
Honestamente, aquele bastado pervertido mais parecia um cachorro ao invés de uma divindade com o quanto gostava de morder.
E a pior parte era que Leonidas nem conseguia se vingar do deus sorridente, marcando-o em troca.
Apollo, de natureza insaciável, incentivou o espartano a continuar com suas ações quando ele o mordeu. O Deus grego até mesmo mostrou o pescoço enquanto sussurrava frases sujas sobre como, dessa forma, poderia mostrar as outras pessoas aquelas marcas.
Rondando os olhos, Leonidas desiste de lutar contra as fitas e ignora a sensação quente que percorre suas bochechas com a lembrança.
De todas as pessoas que existiam é claro que o Rei de Esparta escolheu uma divindade pervertida como companheiro.
Naquela noite, em específico, Apollo havia sido especialmente falante depois daquele ocorrido. Citando seus desejos de "fazer amor" em lugares públicos.
Algo que Leonidas jamais permitiria.
Ele não confiava o suficiente na divindade charmosa para não evergonha-lo e continuar provocando-o mesmo após saber que tinha pessoas próximas.
Do jeito que Apollo é ele seria um pirralho problemático apenas para ver Leonidas se contorcer.
Abrindo a porta do banheiro com força, Leonidas cerra os dentes em frustração. Era um fato terrivelmente vergonhoso (para alguém tão orgulhoso) perceber o quanto de influência aquele deus bastardo tinha na sua vida.
"Leo- Não seja tão bruto!"
E, falando no diabo, ali está ele. Vestindo uma versão menor de roupas militares que, porra, ainda ficaram desnecessariamente apertadas nele.
Encarando Apollo com seu característico olhar mal-humorado, Leonidas zomba e fecha a porta com ainda mais força. Apenas para contrariar infantilmente a divindade.
Apollo roda os olhos, abrindo aquele estúpido sorriso amoroso dele que (definitivamente) não faz o coração de Leonidas disparar. De forma alguma.
"Vou deixar passar dessa vez... Já que você está tão belo usando as minhas roupas...~"
Os olhos amarelos do bastardo não demonstram vergonha alguma enquanto passam por todo o corpo de Leonidas, cantarolando satisfeito ao chegar no peitoral do espartano e as tiras. Admirando suas marcas possesivas.
Cruzando os braços, Leonidas bufa ao desviar o olhar. Não querendo nem pensar na vontade subta que sentiu em querer se esconder dos olhos atentos da divindade.
Ele era um espartano além de um poderoso Rei! Jamais faria algo assim, especialmente na frente de um ser como Apollo.
Mas, para o azar do nono guerreiro da humanidade, o deus grego do sol percebe. Assim como sempre faz. Abrindo um sorriso travesso enquanto caminhava na sua direção com passos lentos e graciosos.
"... Olhe para mim, Leonidas~" Apollo pede quase que ronronando, passando os dedos pelos vãos das tiras.
"Eu quero ver seus belos olhos..."
A primeira coisa que Leonidas faz é paralizar, não sabendo como lidar com a voz aveludada da divindade.
Porém ele logo recorre a sua reação automatica e rosna irritado, olhando hesitantemente para a divindade sorridente de forma apreensiva.
"... Oi, amor..." Levantando as mãos, Apollo gentilmente acaricia as bochechas de Leonidas com carinho.
Suas ações conseguindo acalmar, com facilidade praticada, o humor do seu orgulhoso humano.
"Obrigado por se vestir assim para mim... Você está lindo..."
Leonidas franze a testa enquanto sente algo dentro de si derreter pelas palavras doces de Apollo, não conseguindo nem mesmo fingir algum tipo de irritação.
Era irritante o quanto Apollo podia ser brutalmente honesto nos momentos certos. Quebrando suas paredes.
A divindade charmosa, por sua vez, solta uma curta risada divertida, admirando a facilidade em que poderia transformar seu espartano numa bagunça apenas usando palavras. Era fofo.
Juntando seus lábios em um beijo doce, Apollo aproveita o momento com um suspiro satisfeito. Uma pena que Leonidas ainda seja teimoso com a ideia de vestir algo escolhido por Apollo.
Ele fica lindo usando joias e tecidos caros.
Dando alguns beijinhos finais nos lábios do seu humano, Apollo logo puxa Leonidas para um abraço. Elogiando a sí mesmo pela brilhante ideia que teve em usarem a roupa do outro por um dia.
O contraste era divertido.
Além disso, as roupas militares de Leonidas faziam maravilhas em acentuar seus músculos. Apollo aprovou, mesmo não gostando muito de tonalidades escuras.
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"Sexto Desafio Completo 💛🖤
Tentei, ao máximo, passar os sentimentos de Leonidas nesse capítulo e como ele luta contra seu orgulho quando o assunto é Apollo~ ฅ^•ﻌ•^ฅ"
