Capítulo 21 ⋄ O Caminho para Casa

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Mhok levou Day até um penhasco, com a visão de Day quase zero naquele momento. Ele não estava nem excitado nem surpreso com o que estava acontecendo, porque lá no fundo ele já sabia que não havia muito tempo restante. Ontem, quando estava tomando banho, ele ficou cego por mais alguns minutos. Ele rezou em seu coração para ter apenas a oportunidade de ir até a beira do penhasco para ver o último raio de luz. Se Deus existisse, talvez Ele ouvisse as orações deste jovem. Porque quando ele finalmente conseguiu chegar lá em cima, acabou ficando cego em um olho.

O amigo de Day, Aon, o levou para casa para descansar antes de pegar o trem de volta amanhã. Seu telefone continuava vibrando, mas como antes, ele fingiu não perceber nada. O carro dirigia lentamente, e o telefone continuava vibrando, mesmo quando parou em frente à casa de Aon.

"Day...por que você não atende a ligação da mamãe!"

Assim que entrou pela porta, o rugido de sua mãe pôde ser ouvido: Embora não pudesse ver, Day ainda conseguia adivinhar como era a expressão de sua mãe.

"Eu já disse para minha mãe que não voltarei até resolver o assunto. Voltarei amanhã."

Ele disse calmamente que logo depois de sair de Bangkok, Night ligou e disse para ele voltar rapidamente porque sua mãe tinha assuntos urgentes para resolver na Tailândia. Mas ele não se importou e decidiu ficar até sua mãe voltar e o assunto fosse revelado. Ele não queria que Night assumisse a responsabilidade, então admitiu tudo.

"Como você não sabe de nada?"

Mhok disse confuso enquanto fazia um desvio para levar Day para encontrar sua mãe e Night que vieram com ele. Day riu levemente antes de contar a verdade.

"Eu peguei secretamente o celular do meu irmão e bloqueei os números da minha mãe e de Night."

"Day!"

O jovem exclamou surpreso, mas não adiantou, a jornada de Day havia terminado, e assim como a criança daquele livro, não havia mais nada com que se preocupar.

"Como você trouxe Day aqui? Quem permitiu? Você levou Day para fora da última vez e causou problemas em Chatuchak. Desta vez, você o levou para Songkhla. Se algo acontecer com Day, o que você vai fazer? Irresponsável!"

A mãe de Day gritou e repreendeu Mhok, e Night teve que intervir para detê-la. Day segurou o braço de Mhok e ofereceu encorajamento. Sua mãe nunca imaginou que seu filho mais novo estaria correndo por aí enquanto ela estava ausente na Tailândia. Ela sempre pensou que seu filho, prestes a ficar cego, ficaria em casa e se entregaria ao desespero. Inesperadamente, um dia seu filho fugiu de casa e veio para Songkhla, e seu mundo desabou.

"O que houve, mãe, o que está acontecendo?" Day perguntou calmamente.

"Day, não responda à mãe." A voz soou irritada.

"Day não está respondendo, Day só queria saber do que a mãe estava preocupada com o que aconteceria com Day." O jovem perguntou calmamente. Ele já tinha um pressentimento de que esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde, ou aqui ou de volta à casa em Bangkok.

"Volte para casa, Day. Se acontecer alguma coisa, vamos conversar quando chegarmos em casa." Night tentou mediar, mas Day ainda estava lá parado.

"Night disse que Day perdeu a visão há alguns dias. O médico disse que pode não haver muito tempo e Day pode ficar cego." Mamãe balbuciou, como se pensasse que essa verdade machucaria o coração do ouvinte, mas Day estava melhor do que ela. Muito mais forte do que imaginava.

"Então, do que a mãe tem medo? A mãe tem medo de que Day fique cego aqui?" ele continuou a perguntar. "Sim, Day, o que acontecerá se Day ficar cego aqui? Você já pensou sobre isso?" A voz da mãe suavizou. Ela pode ter se suavizado, mas ainda resistia firmemente ao temperamento teimoso do filho. Day ouviu a preocupação de sua mãe e só pôde concordar. Parecia que Night estava segurando seu outro braço, mas ele ignorou.

O Último Pôr do SolWhere stories live. Discover now