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Capítulo 12

Tom balançava suavemente as gêmeas enquanto olhava para a floresta pela janela. A luz da lua era a única coisa que iluminava o quarto enquanto ele tentava as por para dormir, uma melodia baixa podia ser ouvida, era a voz de Riddle cantando The Turtles.

- I can't see me lovin' nobody but you - cantou baixinho o refrão - For all my life When you're with me, baby, the skies'll be blue - ele suavemente fechou os olhos - For all my life...

Tom, tão entretido com sua cantoria baixa, não notou que Barty poderia ouvir o som, já que seu quarto era logo ao lado. O loiro, desejando mais acesso a música, foi até a porta do quarto das pequenas e se encostou, apenas observando Riddle. Crouch nunca ouvira aquela música.

Quando finalmente Tom parou e colocou as meninas nos berços, Barty se atreveu e aproximou-se mais.

- Você canta muito bem - elogiou.

Tom se assustou e deu um pulinho, ele sequer sabia que tinha público!

- Obrigado, não sabia que estava ouvindo...

- É impossível não ouvir uma voz tão bela - ele diz rápido e em um fôlego só, como se não tivesse controle do que fala e quando percebe isso, Barty cora e baixa a cabeça. Tom sorri e seu rosto também assume um tom rosado.

- Obrigado.

- Tom eu...

- Quando te dei autorização pra não me chamar de senhor? - corrige em tom de brincadeira.

- Perdão...

- É brincadeira, eu gosto de como meu nome soa quando você fala - ele diz olhando para as meninas no berço e virando ainda encostado na grade.

- Sério? - Barty diz num tom engraçado e aliviado.

- Sim, é sério - Tom ri e se aproxima de Barty, apoiando suas mãos nos ombros do mais alto - você fica bonito corado.

- Obrigado - ele diz corando mais e colocando as mãos por instinto na cintura do menor enquanto olha fixamente para o fundo dos olhos dele, completamente hipnotizado - você... Fica bonito de toda e qualquer forma, acho que é impossível não prestar atenção em você.

Tom sorri ainda olhando para os olhos do outro, enquanto suas bochechas assumem um tom de carmesim. Suavemente, ele coloca a mão direita na bochecha de Barty enquanto aos poucos aproxima seus rostos, até que finalmente, acaba com a agonia de ambos, juntando seus lábios em um beijo mágico.

Enquanto Barty assume uma posição mais dominante nesse beijo, juntando os corpos e apertando suavemente a cintura de Tom, o menor se sentia derreter sob os braços fortes do loiro. Logo o beijo que era calmo se tornou necessitado e quente, mas quando estavam prestes a evoluir a coisa toda, Riddle se sentiu nervoso. E se o outro rapaz apenas o usasse? Claro, era só mata-lo, mas havia algo no peito de Tom que o fazia sentir que não poderia machucar Crouch nem se quisesse muito. Talvez toda aquela demonstração de devoção, todo aquele carinho de sentar-se com ele para assistir novelas, toda a preocupação durante a gravidez, todo aquele acompanhamento feito por Barty tenha feito Riddle, mesmo que aos poucos, se apaixonar por ele. E ele ainda sim se perguntava se estava disposto a perder sua última pureza com ele. Era uma resposta simples, apesar de tudo: sim. Tom Marvolo Riddle estava disposto a perder a virgindade com Bartemius Crouch Jr.

Mas não naquela noite.

- Barty eu... - Ele começa logo após interromper o beijo - Eu acho que ainda não estou pronto para isso.

-Tudo bem. É no seu tempo, amor - Barty sorriu e beijou a testa de Tom com ternura - Está com fome? Posso fazer chocolate quente.

Tom sorriu e balançou a cabeça concordando silenciosamente. A dupla foi até a cozinha para preparar o lanche.

A Fúria Da NoiteWhere stories live. Discover now