08.

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Harry.

Me pergunto porque os ricos gostam de ficar vendo um monte de borrões em uma tela. Isso não faz sentido e não tem graça nenhuma.

Louis disse que precisávamos ir juntos para dois lugares hoje, primeiro de manhã e depois à noite. Eu realmente espero que o programa da noite seja mais divertido do que ver quadros pela manhã.

— Alguma pergunta?

A mulher que fez questão de nos explicar cada detalhe de todos os quadros, nos perguntou.

— Eu tenho que fazer uma ligação, volto logo, tá bom?

Assenti com a cabeça, vendo Louis se afastar e me deixar com a vendedora? Eu não sei exatamente.

Foi tão bom transar com ele ontem, eu espero que a gente faça de novo...

— Gracinha, posso te perguntar uma coisa?

— Pode, senhora.

— É verdade que você e o filho do governador estão namorando?

O Louis disse que quer que as pessoas acreditem que estamos namorando de verdade. Então eu deveria entrar no joguinho dela e fingir?

— A gente não tornou isso público ainda, mas estamos sim. Não me leve a mal, não é por ele, porque se dependesse dele, o mundo inteiro já estaria sabendo, mas eu que não quero prejudicar o trabalho dele, sabe como as coisas são hoje em dia.

— Eu entendo, querido. Fica tranquilo que eu não conto a ninguém. Vocês formam um casal muito fofo, sucesso.

Eu sorri.

— Pronto, desculpa pela demora.

— Tudo bem. Bae, será que a gente pode ir pra casa? Eu sinto falta de ficar abraçadinho com você — digo de um jeito manhoso e finjo estar triste. Louis está com um ponto de interrogação no rosto agora, eu queria muito poder rir.

— É claro que podemos, amor. Me desculpa, a culpa é minha por trabalhar tanto, tenho que dar mais atenção a você, meu bebê.

Isso é engraçado.

— Se me dão licença — ela saiu andando, provavelmente por estar sentindo que está sobrando ali.

— To impressionado — Louis diz depois de um tempo, nós dois estamos parados em frente a uma pintura de uma rua de Seul.

Dessa eu gostei.

— Eu não sabia se deveria ser o namorado meloso ou o ciumento — digo.

— Boa escolha.

Nós dois rimos.

— Que porra foi aquela de bae?

— É um apelido que muitos casais usam, achei que combinaria com o meu personagem.

— Você me surpreende mais a cada dia.

Isso é bom?

— Gostou desse?

— O que?

— Gostou desse quadro?

— É o único que entendi até agora — digo.

— Então me explica.

— É uma rua de Seul, está mostrando a vida cotidiana das pessoas e como elas estão sempre distraídas em seu próprio mundo, ao ponto de não notar o céu mudando de cor enquanto elas passam.

— Como sabe disso?

— Qualquer um saberia.

— Se você diz... vamos, eu vou te deixar no apartamento.

Submisso. - L.S!Where stories live. Discover now