• CAPÍTULO 1 •

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• DIAS ATUAIS

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• DIAS ATUAIS... •

Atlanta - Geórgia•
30/07/2021•

• 05:00 •

Depois de uma longa noite de curtição, medo e dúvidas, me perguntei diversas vezes se aquilo fora um breve pesadelo ou de fato uma realidade.

Pelo que me lembro, tudo durou aproximadamente 1 hora, mas parecia mais uma eternidade. Eu sentia meu corpo formigar e as minhas pernas tremerem com os toques do desconhecido que supostamente me visitara nesta noite.

Acordei de manhã e não vi absolutamente nada, nenhum rastro foi deixado, nada havia mudado. Então aquilo fortaleceu a ideia de que toda aquela situação fora apenas um longo sonho, ou pesadelo. Mas em minha cabeça, tudo era tão claro e real. Eu cheguei da festa e apaguei até um certo tempo, e foi quando tudo começou.

Hoje levantei-me com o corpo pesado e o cabelo bagunçado por culpa da noitada. Meus curtos passos me levaram até o banheiro que havia em meu quarto. Ainda com os olhos fechados, peguei a minha escova de dente e coloquei uma pequena quantidade de pasta, começando à escovar meus dentes com desânimo e cansaço.

A sensação era de peso, como se eu não tivesse fechado os olhos por 1 segundo sequer a noite, o que por um lado, não estava tão errado assim.

Lavei a minha boca, tirando todo resquício pasta, já aproveitando para lavar o meu rosto, na intenção de despertar. Abri mais os meus olhos, elevando eles até o espelho, pegando uma escova de cabelo e começando a escovar meus finos fios, os colocando da forma que sempre usava todos os dias.

— Eu preciso mesmo é de um banho.

Saí do banheiro, mais acordada e atenta. Fui até o pé da cama e tirei as poucas peças de roupa que usava, assim escolhendo outras no guarda roupa, deixando-as separadas em cima da cama.

Antes de adentrar o banho, olhei para o espelho e admirei por breves minutos o meu corpo, passando o meu olhar por cada parte, sem deixar nenhum canto passar despercebido.

Acabei por sentir um gelo subir pelo meu corpo. Me aproximei do espelho para olhar mais de perto, assim tendo a certeza de que aquilo não era impressão minha, havia uma marca roxa levemente avermelhada em minha coxa, aquilo não estava ali quando eu dormi na noite anterior.

Saí de meu transe com o toque do meu despertador, desviando imediatamente o meu olhar para o celular.

Fui até o mesmo e desliguei o alarme, logo olhando para a marca em minha perna e passando à não ligar, ou apenas arrumando uma desculpa para mim mesma, me fazendo acreditar que eu apenas havia batido em algum lugar antes de dormir e não lembrava.

Eu podia ter machucado na festa, é uma opção. Mas acima de tudo, eu não liguei, apenas ignorei a marca e voltei os meus olhos ao celular, onde não havia nada de muito interessante.

Mas pelo menos, de uma coisa eu sei, não estou atrasada para a faculdade. Acordei até mais cedo que o horário correto, achei que a noite de curtição fosse me fazer dormir o dia todo, mas foi o contrário, me fez acordar mais cedo do que o normal.

Eu não sei, isso tudo ainda me parece suspeito, mas eu não estou em condições de acreditar ou duvidar de algo agora, afinal, eu estou em desvantagem nessa história.

Uma garota bêbada em uma festa, que só se lembra de ter chego em casa e adormecido quase que imediatamente. Quem garante que eu não tenha apenas sonhado? Eu não sei. Talvez eu fosse uma presa fácil.

Mas se tudo isso for verdade, acho que ele não brincou quando disse que viria atrás de mim.

FACELESSWhere stories live. Discover now