• The Dinner • (02)

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• NAQUELE MESMO DIA

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• NAQUELE MESMO DIA... •

• 09:45 •

Desci as escadas devagar, lendo as mensagens atrasadas de amigos e grupos. Meu psicológico estava se auto fortalecendo para aquele jantar. Eu sabia que não seria fácil fingir simpatia na frente de todos ali, a não ser a senhora minha mãe, que já parcialmente sabia de tudo que estava se passando.

Ao descer todos os degraus, vejo meu pai fazendo um nó na gravata. O homem me olhou e sorriu. O sorriso do meu pai é realmente lindo, sempre disse isso a ele, por mais que ele persista que não há nada demais em seu sorriso.

Os fios escuros de cabelo sempre curtos. Seu rosto era bem marcante e sua mandíbula marcada. Os olhos castanhos, com cílios de causar inveja em qualquer pessoa. Alto, quase sempre usando roupas sociais. Seu corpo era Atlético, minha mãe sempre gostou dos músculos malhados do meu pai, é até cômico de ouvir a mulher falando sobre ele.

— Você está linda, filha! — Disse Henri, meu pai, com um sorriso no rosto.

— Obrigada, pai, você também está. Sempre cai muito bem em roupas sociais!

— Obrigado, amor!

Ele novamente sorriu e me deu um beijo na testa, indo para a cozinha ajudar minha mãe a terminar de preparar o jantar.

Ao terminar de ver as mensagens, coloquei o celular sobre a mesa, indo para a cozinha colaborar na preparação do jantar.

— No que precisam de ajuda?

— Ah, querida, você pode cortar algumas coisas para a salada, se quiser — Noêmia diz rapidamente, enquanto arrumava o restante dos preparativos.

— Claro!

Comecei a pegar todos os ingredientes que seriam usados na salada, começando a fazer a mesma rapidamente.

Andei pela cozinha, procurando algum recipiente que pudesse usar no preparo, até encontrar uma bandeja perfeita para a montagem da salada.

Fiz tudo o mais decorado possível na enorme bandeja que havia encontrado, eu amava coisas decoradas, sempre ficava com a salada, pois era onde podia me divertir e ajudar ao mesmo tempo.

Enquanto me distraía na montagem da salada, meu foco é interrompido por uma vibração forte na mesa, notando que, novamente, era o meu celular tocando. Me afastei da bandeja e passei uma água nas mãos, as enxugando com um pano que havia na pia.

— Eu já volto, meu celular está tocando.

—Tudo bem, sem problemas — diz Noêmia.

Meu pai somente afirma, e então, eu vou em direção à mesa e pego meu celular. Sinto meu coração acelerar e minhas mãos transpirarem, vendo que era novamente uma chamada desconhecida, que havia somente aquele mesmo nome, "UNKNOWN", e nada mais.

FACELESSWhere stories live. Discover now