Com a perda de sua esposa, o detetive Jeon Jungkook está procurando o assassino que a matou, mesmo os médicos dizendo "Hemorragia pós parto é algo normal, que infelizmente acontece com muitas mulheres" Jeon nunca iria acreditar nisso, ainda mais qua...
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"Dentro de cada um de nós tem um pedaço de alguém que foi embora."
Dizem que quando você ama uma pessoa, você se preocupa com ela. Mas ele não entendia o porquê de estar tão preocupado ao ponto de suas mãos tremerem, afinal, ele sabia que o corte no braço do detetive não era tão fundo. Claro, precisaria de alguns pontos, mas nada tão grave a ponto de deixar seu coração acelerado como se fosse sair de sua caixa torácica. Muitos poderiam ver isso e pensar que o motivo de estar tão nervoso e preocupado fosse pelo ocorrido de minutos atrás, quando ambos quase morreram, mas lá no fundo, sentia que o que aconteceu na sala de controle não se comparava ao quanto seu coração estava doendo em ver o detetive machucado. E o que mais o irritava em toda a situação, é que era a primeira vez que sentia isso.
Normalmente, quando chega um paciente seu com algum problema que pode o levar a morte, o medo e o desespero o consomem, temendo não poder fazer nada pela pobre criança e sabendo que a probabilidade dela sair viva do hospital é zero, mas então agora, o que ele sente ao ver o homem machucado, é como se fosse com ele.
Desde o começo não entendeu porque havia aceitado essa ideia louca de ajudar o detetive com o caso de sua esposa, mas algo dentro de si dizia que deveria ajudá-lo porque quando foi ele quem estava chorando pela pessoa que amava, ninguém o ajudou ou deu o apoio preciso, e isso o fez ter empatia pelo detetive. As feridas ainda estão abertas e dói muito se encostar, mas por mais que tivesse doendo, iria se arriscar a ajudar o detetive, pelo menos um deles conseguiria ter justiça e punir a pessoa que os destruiu.
Negaria com veemência se alguém perguntasse sobre o porquê de seu coração acelerar toda vez que vê o detetive. A sensação de desespero ao ver alguém se machucar e... Não, não era só alguém machucado, é o pai de um filho que está lutando pela vida.
Saiu da sala às pressas e foi buscar as coisas para fazer o curativo no detetive, tanto a ida como a volta o caminho foi silencioso. Não havia muita gente no corredor, e estamos falando de um hospital, um lugar onde independente do horário sempre tem gente, mas naquela noite em específico, estava silencioso até demais.
Voltando para o segundo prédio e atravessando a passarela, Park passou pelo corredor onde estavam os seguranças minutos atrás, mas agora não havia mais ninguém, estava tudo vazio. No entanto, escutou passos atrás de si, naquele momento sua espinha gelou, sua postura era de alerta quando se virou para trás,não havia ninguém. Sentiu um vento soprar em sua nuca fazendo seus pelos se arrepiarem.
Por segundos teve a sensação de que alguém soprou no pé de seu ouvido mas não havia ninguém atrás de si, o corredor está no silêncio mais estranho e desconfortável possível.
