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Voltei para babarbarizar e anarquizar a todos! Bom dia!!!

Capítulo sem revisão por enquanto 🫠

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O dia em São Paulo enfim amanhecia, fazendo com que os poucos raios solares batessem contra a janela do quarto de Anita Berlinger. As cortinas geralmente ficavam fechadas, mas a mulher havia simplesmente esquecido de fazer tal ato na noite passada.

Os corpos estavam próximos, colados na espaçosa cama, Verônica ainda dormia profundamente, mas Berlinger já estava acordando, devido a rotina metódica que possuía. Sua cabeça estava estourando devido a mistura de bebidas da noite passada, o que a deixava especialmente de mau humor. Seus pés caminharam sozinhos até a saída do cômodo, descendo as escadas até que desaguasse na cozinha. Sua mão abrira a gaveta de remédio, retirando dali o comprimido que precisava, o tomando com água em seguida.

Alguns flashs da noite passada apareciam em sua mente, trazendo com eles alguns bons arrepios. Os momentos estavam vividos em sua mente, quase como se ela os pudesse sentir novamente. A conversa final que haviam tido antes de adormecer também lhe vinha a mente, a fazendo suspirar. Onde é que estava se metendo? Ser exclusiva... Nunca havia se comprometido dessa forma sem estar em um relacionamento, talvez fosse a emoção deturpada depois de um sexo bom, ou talvez... Anita sacudira a cabeça, tentando literalmente afastar seus pensamentos.

Sem muito pensar em sua ação, Belinger iniciara o processo de fazer seu café para ajudar com a dor de cabeça, ou mesmo para se manter ocupada. Havia prometido o que prometeu para Verônica, porém, de forma alguma estava pensando em iniciar algo maior do que aquilo que estavam tendo. Torres era sua subordinada, isso não havia mudado de maneira alguma, e nem mudaria tão cedo. A loira suspirara colocando a água para esquentar, fitando a cafeteira começar o preparo de seu café. Estava pensando demais, sabia disso, mas era impossível não pensar.

Fato era que Anita não se envolvia em relacionamentos amorosos sérios por um milhão de motivos, mas diferente do que seria sem envolver com qualquer pessoa, Verônica trabalhava com ela. A delegada sabia melhor do que qualquer um o que fizera para chegar até seu cargo sendo respeitada, o quanto de si teve que esconder e quantas brigas de cachorro grande havia tido que vencer para se reafirmar dentro da DHPP. Um relacionamento, ainda mais com uma subordinada, colocaria tudo isso a perder e isso Anita Berlinger não podia aceitar. Nem em um milhão de anos.

A mulher deixara a respiração sair de maneira longa, coçando a cabeça enquanto movimentava seu pescoço, tentando aliviar a tensão que começava a se acumular. As coisas não iriam mudar da noite para o dia, claro que não... Só estava pensando demais, era isso! Pensamentos demais! A mulher fitara a parede a sua frente, porque estava tão nervosa?

────Bom dia, Anita. ────A voz lhe fizera acordar de seus próprios pensamentos, se virando para encarar Verônica usando apenas a calcinha da noite passada. ────Pode colocar um pouco desse café para mim? ────A mesma arrastara a cadeira próxima a bancada, se sentando.

────É... Café... Sim, eu vou colocar. ────Torres franzira o cenho, Anita estava confusa? O que estava acontecendo? ────Você quer que coloque açúcar?

────Não precisa... O que aconteceu com você? Está estranha. ────Os olhos azuis lhe fitaram, arqueando sua sobrancelha.

────Impressão sua, escrivã... Deve ser a ressaca, bebi demais ontem, passei da conta. ────A morena a encarara séria.

Lá estava a Anita de sempre, com sua gentileza impar.

────Eu vou... ────Verônica dera um gole na bebida quente, fechando os olhos por um momento para aproveitar a sensação única do primeiro gole de café logo no início do dia. ────...Hm... Eu vou passar em casa e de lá sigo para a delegacia, tenho que montar o perfil com Nelson ainda hoje.

Céu vermelho e pretoWhere stories live. Discover now