Tessitura de Cores: A Estrela da Casa Amarela

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Na Casa Amarela, no rincão da esquina, 

Reside uma menina, tão terna, tão divina. 

Seus olhos reluzem, estrelas no véu, 

Enquanto a mãe, em cinzas, doa-se ao papel.


Anseia em ser grandiosa, em caridade e além, 

Levando consigo, no caminho, a mãe também. 

Brada ao universo, seu anseio de luz, 

Enquanto a mãe, em sombras, exala o que produz.


Passam-se os anos, a menina avulta, 

A mãe, cinzenta, ainda que oculta. 

As vozes, vorazes, buscam restringir, 

Mas ela persiste, intrépida, sem medir.


Nos espelhos, reflexos de anos de tormento, 

Mas sua alma em festa, como vento. 

Seu ímpeto, fluente, como um rio a correr, 

Ela é vida, ressurgindo para amar e viver.


O que ela é? Que encantos desvela? 

Um enigma, uma luz que não se apela. 

Nada fulge tão belo, como ela concebe, 

Nada irradia tão puro, como sua sebe.


Sua força persiste, em cada alento, 

Fruto do amor que a mãe derrama em intento. 

Vamos lá, doce menina, trilhar a vida, 

Com a mãe, cinzenta, ainda atenta e querida.


Seu olhar, farol na noite escura, 

Guiando, resplandecendo, em graça pura. 

Ela, o sol, que aquece e alumia, 

Na Casa Amarela, ao rincão da esquina sombria.


E assim prossegue a menina, em sua saga,

 Com a alma tecida, em cores sem praga. 

Um poema, uma canção, em rima dourada, 

A linda menina, tesouro sem par na jornada



"Para toda menina que tem a força de um gigante, e gargalhada fácil de um mestre. Inspirado na mãe cheia de cores, que se torna cinza e cética, a fim, de preencher sua filha ou filhas com as cores da coragem, determinação, brilho e gentileza para lidar com o mundo cheio espinhos e lâminas, que perfuram as meninas e mulheres"

Essência Desvelada:Where stories live. Discover now