Capítulo 13

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੭࣪  13
Taehyung

Pensei que eu sentiria um alívio esmagador no dia em que Oliver voltasse para passar a última semana do mês com a irmã, mas mal notei a diferença

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Pensei que eu sentiria um alívio esmagador no dia em que Oliver voltasse para passar a última semana do mês com a irmã, mas mal notei a diferença. Assim foi a passagem de Jennie pela minha casa: etérea, quase imperceptível.

Durante os dias seguintes, mantive o hábito de cozinhar. Não sei por quê, mas comecei a achar relaxante. A vida voltou a ser como era: acordar bem cedo, café, praia, almoço, trabalho, segundo café, e a tarde mais tranquila. Voltei a andar pelado pela casa, a deixar a porta do banheiro aberta quando tomava banho, a ouvir música no último volume à noite ou a me masturbar na sala. A diferença era uma questão de intimidade, de querer fazer tudo que não podia na presença dela, não tanto por desejar realmente tudo isso, mas muito mais pela necessidade de marcar território.

Na sexta-feira consegui terminar duas encomendas importantes, por isso decidi passar a tarde no mar, pegando onda, procurando-as, deslizando por elas, até que comecei a sentir os músculos dormentes pelo esforço. Ainda era dia quando voltei para casa e encontrei meu irmão sentado no sofá e meus sobrinhos de seis anos correndo pela sala. Levantei uma sobrancelha enquanto deixava um rastro de água pelo caminho (para que secar se a água evapora sozinha? Só precisa ter paciência). Justin se aproximou da cozinha.

— Como é que você entra assim sem avisar?

— Você me deu uma chave — ele me lembrou.

— Sim, para casos de emergência.

— Este é um caso de emergência. Se você atendesse o maldito telefone e não o deixasse por aí desligado vários dias, eu não precisaria ter vindo até aqui. Preciso da sua ajuda.

Peguei uma cerveja na geladeira e ofereci uma para ele, que recusou.

— Fala — eu disse, depois do primeiro gole.

— Hoje é meu aniversário de casamento.

— E eu deveria me importar com isso porque...?

— É que eu me esqueci. Nem me passou pela cabeça. Emily passou o dia inteiro irritada, sabe como é, batendo as portas, me olhando de um jeito que eu não estava entendendo, esse tipo de coisa. Até que percebi que dia era hoje, e, poxa, agora...

— Não volte a dizer “poxa” debaixo deste teto.

— É por causa das crianças. São umas esponjinhas, juro.

— Vá direto ao assunto, Justin.

— Fica com eles. Só esta noite.

Fechei os olhos e suspirei. Em que momento minha casa tinha virado um albergue familiar? Não é que eu não gostasse deles, eu amava meus sobrinhos, adorava Jennie, mas não gostava tanto assim das responsabilidades que eles implicavam. Sempre fui muito na minha e gostava de ficar sozinho. Era bom nisso. Nunca fui dessas pessoas que têm necessidade de socializar, podia ficar várias semanas sem encontrar ninguém e tudo bem, eu não sentia falta. Mas de repente parecia que experimentar os efeitos da convivência tinha virado uma sina. Até então eu só tinha cuidado dos gêmeos uma vez, o que me levou ao seguinte ponto:

Tudo o que nunca fomos  𑁯 𝐉𝐍𝐊 + 𝐊𝐓𝐇Where stories live. Discover now