T2-Capítulo III

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-Conseguiu se sair bem nas provas? 

-Acredito que sim, mas não quero falar disso agora. Por que não deixamos esse assunto chato pra quando estivermos em aula? 

-Certo. 

Wendy sentiu seu celular vibrando ao receber uma notificação, sabia quem seria pois não estava esperando mensagem de mais ninguém. Seu celular e sua bolsa caíram no chão assim que alguém passou e esbarrou em seu braço, ela olhou para a direção e que a pessoa estava e deu de cara com um ghostface


-Cuidado! Olha por onde anda! -Danny deu alguns passos na direção do anônimo.

-Está tudo bem, Danny...

O outro não disse nada, não pediu desculpas mas também não respondeu às reclamações de Danny. A figura apenas se abaixou lentamente e pegou os pertences de Wendy, devolvendo a ela e sumindo em meio dos outros jovens em questão de segundos

Ela olhou a notificação e sentiu um frio na barriga, uma sensação estranha como se seu corpo tivesse gelado 


"Não volte pra casa tão tarde, certo?" 


 -Pelo visto esse lugar ta cheio de gente sem noção.

-Foi sem querer, ta tudo bem...-Ela olhou para os lados.

-Não ouvi nem um pedido de desculpas.

-Acredito que ele também não ouviu você gritar, parecia tão calmo.

-Essa música alta tá me estressado desde a primeira hora. Por que não vamos um pouco lá fora? Hm?

-Claro.

Os dois foram até a frente da casa, estavam sozinhos, sem ninguém estranho para incomodar


-Não é fofo? 

-O que?

-As crianças fantasiadas andando por aí com suas cestas de doces.

-Na verdade eu acho perigoso.

-Pensando bem, é mesmo. Falando nisso, preciso ir antes que fique muito tarde.

-Já? Ainda está cedo, é halloween, ainda são onze horas.

-Eu tenho um compromisso sério com meu travesseiro, entende? -Wendy sorriu.

-Faço questão de acompanha-la.

-Não precisa, minha casa não fica longe daqui.

-Ja disse que faço questão. Não vai querer discutir comigo, vai?

-Tudo beem, mas só até metade do caminho.

-Certo.

Os dois levantaram e foram andando e conversando, quanto mais perto chegavam da casa menor era o fluxo de pessoas na rua.


-Você disse que não era longe.

-Não menti, você que não conhece o bairro. Vai voltar pra lá depois?

-Não sei, provavelmente não.

-Ate aqui já está ótimo.

-Tem certeza? É seguro voltar nesse escuro?

-Eu sei que você tá doido pra voltar, vai logo! -Wendy riu, provocando um sorriso sem jeito no colega.

-Tem razão, mas não posso simplesmente deixar você em qualquer lugar. 

-Não estamos em qualquer lugar, estamos na rua da minha casa. Agora vá! 

-Certo, tome cuidado. -Ele acenou e foi se afastando aos poucos, olhando pra trás algumas vezes até virar a esquina e sumir de vista.

Wendy olhou o celular outra vez mas não havia nada, voltou a andar dando passos um pouco mais ligeiros até chegar em casa. Ela colocou uma das mãos na bolsa a procura da chave da porta, não estava encontrando.

Ligou a lanterna do celular torcendo para que a luz a ajudasse a enxergar e finalmente abrir a porta mas não foi preciso, o vento soprou e a porta que estava apenas encostada abriu sozinha.

Era de se esperar que a jovem sentisse medo, mas pelo contrário. Ela tinha quase certeza do que encontraria lá dentro, ou melhor, quem encontraria.

Ao entrar em passos silenciosos no escuro, rapidamente acendeu a luz e ouviu um barulho alto atrás de si quando a porta bateu com força e a chave foi girada. Ao se virar viu exatamente o que esperava, a figura de Ghostface balançando a chave da porta 


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