♤ Capitulo IV: Cristais ♤

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Carlotta Bazzoli

-  O que foi aquilo mais cedo? - Aurora perguntou assim que entramos em meu quarto depois da festa.

Massimo Falcone realmente veio ao meu aniversário e me deu não um, mas dois presentes. Eu ainda estava tentando digerir todos os últimos acontecimentos.

A pulseira com rubis e pequenos diamantes reluzia em meu braço, como uma lembrança de que havia mesmo sido real e não uma alucinação da minha cabeça.

-  Eu... não sei. - dei os ombros rindo fraco - Quando vi ele estava me beijando.

Dedilhei a pulseira enquanto ainda tinha meus olhos nela, deveria ter sido mais cara que o carro do meu irmão, mas para um Falcone dinheiro não era nada. Suspirei a tirando e guardando com delicadeza na caixinha aveludada. Fui até minha penteadeira e a coloquei sobre ela enquanto tirava o meu colar de pérolas.

-  Alguém perguntou sobre a pulseira? - questionou, soltei uma risada antes de me virar para ela.

-  Eu disse que foi um presente seu. - dei os ombros e seus olhos se arregalaram.

-  Nem eu uso joias assim.

-  Porque não quer depender dos seus pais e porque não gosta, mas sabe que poderia se quisesse. - suspirei indo até meu guarda roupa a procura de um pijama.

Aurora era simples em todo seu modo de vida, ela gostava de conquistar suas próprias coisas e costumava tomar conta do Roman - filho do Adamo e da Dinara - quando as férias chegavam, para ter seu próprio dinheiro.

Seus pais no entanto sempre se mostraram dispostos a lhe dar o que ela quisesse e precisasse. Ela facilmente poderia ter se tornado uma dessas garotas esnobes com nariz em pé que esbanjam seu dinheiro por aí, mas sua grandeza estava além de roupas e status.

-  Então... - ela sibilou mudando de assunto, mesmo de costas eu sabia que estava sorrindo - Foi seu primeiro beijo. Me conte mais.

-  Foi melhor do que eu pensei que seria. - admiti entrando dentro de uma camisola comprida de algodão na cor azul.

-  Detalhes.

Me virei com o rosto ardendo e ela riu, Aurora odiava os pijamas que eu usava na minha casa. Ela dizia que eu parecia uma senhora. Quando eu estava em sua casa ou na de Gemma, eu tinha a liberdade de usar pijamas normais, como shorts curtos.

-  Haveria mais detalhes se você não tivesse interrompido. - murmurei me sentando no parapeito da janela, e ela se sentou ao meu lado abraçando os joelhos.

-  Carlotta. - minha voz em sua boca saiu como uma música, ela estava me repreendendo de forma irônica - Não pense que eu não vi que a calça dele estava alta.

-  Você não deveria olhar para as calças de um homem. - arregalei os olhos e ela gargalhou, dei uma pequena cutucada em suas costelas para que ficasse quieta.

-  Você não olhou porque provavelmente deve ter sentido. - provocou com um sorriso malicioso e senti minhas bochechas queimarem.

Mordi o interior da minha bochecha me lembrando que havia sim sentido sua ereção contra minha barriga no momento em que ele juntou nossos corpos.

Eu nunca imaginei que Massimo se sentia atraído por mim de alguma forma, mas havia desejo em todos os seus gestos.

-  Ele... pegou na minha bunda. - admiti em um sussurro.

-  Caralho, está vendo? Eu impedi que ele te corrompesse. Deveria me agradecer. - sorriu orgulhosa, levantei minhas sobrancelhas deixando claro que eu não concordava com ela.

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