Desenrolando III

47 5 1
                                    

Alfonso: O que ela quer aqui?

Anahí: Não sei! - afirmei - deixo ela entrar ou não?

Alfonso: Deixa - respondi confuso e a vi dando autorização para minha mãe subir, após alguns minutos a campainha toca e Anahí me encara indo até a porta.

Anahí: Olá, tudo bem? - forço a simpatia quando abro a porta

Sra Herreira: tudo sim, e você querida?

Anahí: Bem também, fique a vontade - dou sinal para ela entrar e encosto a porta .

Alfonso: Mãe, que surpresa! - digo sorrindo

Sra Herreira: Oi filho - o abraço - vim ver como você está!

Alfonso: Muito bem Mãe, Anahí tem me ajudado muito - pisco para ela

Anahí: Eu vou pegar um suco - falo surpresa com a visita - fiquem a vontade - digo indo para a cozinha.

Sra Herreira: Filho, fiquei preocupada de como estava sendo tratado.

Alfonso: a Anahí é um amor mãe, fique tranquila.

Sra Herreira: É percebi - digo desconfiada - e parece que alguém está gostando dela né, para você preferir vir pra cá ao invés de ficar na casa da sua melhor amiga!

Estava voltando a sala e não pude deixar de ouvir o que ela estava falando, parei no corredor e fiquei ouvindo mesmo sabendo que era errado.

Alfonso: Não começa mãe, Anahí não é o tipo de mulher que me da bola!

Sra Herreira: Por que não? Você é lindo e não tô falando só de Beleza física ou porque é meu filho!

Alfonso: Eu sei mãe - falo fazendo careta - Mas somos amigos!

Anahí: Licença - digo entrando na sala  com uma bandeja com suco - o Sra aceita um copo de suco?

Sra Herreira: Por favor Any, pode me chamar de Helena! - sorri - Eu aceito sim!

Me surpreendi com ela me chamando pelo apelido, como Alfonso disse ela é um amor. - Ah, vou servir para você - coloquei suco no copo e entreguei para ela que agradeceu - E você adoentado quer suco?

Alfonso: Quero sim chefa! - ela me encara - digo Anahí! - ela nega com a cabeça e me  traz o copo, agradeço.

Anahí: Bom gente, eu vou para o quarto para vocês conversarem mais a vontade!

Helena: Não querida, fique! - a encaro - gostaria de agradecer pelo que está fazendo pelo Alfonso, sei que ele é teimoso e da um trabalhão!

Anahí: Nisso eu vou concordar com a senhora! - sorrio e me sento - mas ele tem sido um bom garoto - todos rimos e ficamos conversando por algum tempo

Helena: Bom gente, eu já vou indo! - digo me levantando - que bom que está bem filho

Alfonso: Obrigado pela visita mãe!

Helena: Any, obrigada por me receber! - sorrio

Anahí: Imagina, pode voltar quando quiser! - a conduzo até a porta e me despeço, ao voltar para sala Alfonso está me olhando - Sua mãe é realmente incrível, gostei dela!

Alfonso: Ela é mesmo! Que bom que se deram bem, minha mãe é boazinha mas costuma ser seletiva, ela gostou mesmo de você, acredite! - sorrio - Any, posso te chamar assim?

Anahí: Pode - respondi sem jeito e meio incomodada - desde que isso não lhe de liberdades, principalmente na empresa!

Alfonso: tudo bem! - sorrio e vejo ela tentando manter a barreira - não é querendo incomodar, mas já fazendo isso, estou com muita dor e começando a sentir meu corpo esquentar novamente!

Anahí: Ah, será que a febre ta voltando? Espera aí, vou pegar remédio e o termômetro - digo me levantando

Alfonso: Não sei se você ainda não reparou mas eu não posso sair daqui - sou irônico e ela faz uma careta debochada, gosto de ver ela assim, completamente informal, alguns minutos e vejo ela voltar com o remédio e água.

Anahí: Toma, vai te ajudar! - entrego o comprimido e um copo de água - levanta o braço - coloco o termômetro e o encaro, quando Apita eu retiro e vejo que e febre está voltando - Alfonso não sei se é normal essa febre

Alfonso: Também não sei - a encaro e a vejo pela primeira vez realmente esboçar preocupação e pensativa

Anahí: Já sei, vamos tomar um banho - falo sem medir as palavras

Alfonso: Ual, vamos tomar banho juntos! - brinco

Anahí: Ai Alfonso, pode pelo menos uma vez não deixar a situação constrangedora? - falo realmente advertindo - a febre deve abaixar com isso, vamos - o levei até o banheiro e como na noite anterior repetimos o processo demorado de banho, após levei ele para o quarto, troquei o curativo e o deitei, já estava noite - vou preparar algo para a gente comer

Alfonso: Eu não estou com fome!

Anahí: Mas precisa se alimentar, se sua imunidade abaixar vamos ter mais problemas! - ele me encara e eu vou para a cozinha, preparo uma sopa já que exageramos na comida japonesa no almoço, levo para ele e percebo a cara de dor e o corpo ainda transpirar- eu vou te ajudar a comer, mas não se acostuma! - ele ri fraco e não faz nenhuma piada o que realmente me preocupa. O ajudo a se alimentar dando sopa na boca dele, após, levo os pratos na cozinha e volto  para ver se ele está bem, o vejo dormindo então decido deixar ele descansar, vou para meu quarto e coloco um filme, acabo cochilando, quando acordo com gemidos e Alfonso me chamando, me levanto correndo e vou para o quarto - Ah meu Deus, o que foi?

Alfonso: Ta doendo Any, ta doendo muito - suplico a ela ajuda pelo olhar e aponto as costelas

Anahí: Espera, vou pegar algo - pego alguns comprimidos para a dor e  esquento água para uma bolsa térmica, coloco e corro para o quarto- toma isso - lhe dou os comprimidos - afasta o braço - coloco a bolsa térmica e vejo ele se retorcer de dor - coloca sua mão aqui! - pego a mão que não está engessada e apoio sobre a bolsa, pego uma toalha no armário e começo a secar o suor - vamos tirar essa camisa ensopada - o ajudo e coloco novamente a bolsa, sento ao seu lado me apoiando na cabeceira e segurando a bolsa, alguns minutos se passam - está melhorando? - sem falar uma palavra ele afirma com a cabeça e deposita a mão sobre a minha que estava apoiando a bolsa térmica, sinto meu corpo estremecer e por mais vontade que eu tenha de sair correndo, algo me prende a sair daqui.

Desperto após um tempo dormindo e quando abro olho me deparo com Any dormindo sentada ao meu lado, a cabeça apoiada na cama e cabelos sobre seu rosto, sua mão ainda está embaixo da minha, que ódio meu braço engessado não me deixa tirar os cabelos de seu rosto e admira-la. Vejo ela se mexer e fecho meus olhos rapidamente.

Acordo meio confusa e me dou conta que acabei pegando no sono, aqui mesmo, Alfonso está dormindo e parece que não está mais com dor e a febre também ja passou, retiro com cuidado minha mão debaixo da dele e me levanto, antes de sair o encaro - O que você está fazendo comigo? Eu nem me reconheço - suspiro transtornada e saio do quarto.

Espero ela sair e sorrio ao pensar no que ela falou, será que estou mexendo com ela? Que essa barreira está prestes a ser desfeita?

Tropeçando No AmorWhere stories live. Discover now