Correndo atrás

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Os dias foram passando, minha amizade e aproximação com Alfonso aumentava a cada dia, nós nos dávamos muito bem, nossos finais de semana eram sempre juntos, parques, cinemas, shoppings, teatro e nosso evento favorito, assistir series e filmes juntos. Ele vivia se declarando, tentava se aproximar, algumas vezes ficamos a ponto de nos beijarmos e apesar de morrer de vontade eu sempre fugia. Sempre saia da situação, eu desejava tanto ter um relacionamento com ele, fazia planos, pensava em situações e logo me reprimia por estar fazendo isso. Dois meses se passaram, Camila deu uma boa afastada de Alfonso, apesar de as vezes eles conversarem, sentia um incomodo mas como não tinhamos nada não poderia cobra-lo, era quarta-feira, acabamos de lançar a edição desse mês e está sendo um sucesso de vendas, trazendo na capa o fenômeno que é a Tournê da RBD. Cheguei na revista e me deparei com a pior cena que eu poderia me deparar, Camila sentada na ponta da mesa de Alfonso, passei na hora exata para ouvir ele falando "até o almoço então!" , quer dizer então que ele vai voltar a almoçar com essa mulher! Que ódio, óbvio que isso ia acontecer Anahí, achou mesmo que ele ia ficar te esperando por anos, só na sua cabeça. Já estava irritada e fui direto para a sala de Mai, sem pedir autorização entrei ...

Mai: Bom diaaa? Está tudo bem? - falei estranhando o comportamento de ANy.

Any: Está sim, vim te informar que a revista bateu 1 milhão de cópias vendidas, sendo a maior edição da história da revista.

Mai: Ual amiga, que demais! - a olhei - Mas você não parece animada o suficiente com a notícia , anda, desembucha o que aconteceu?

Any: Ai amiga, nada demais.

Mai: Ta vou fingir que acredito e esperar você querer me contar.

Any: Vou pra minha sala Mai! - saí e ao entrar na minha sala dei de cara com Alfonso- o que faz aqui? - falei seca e direta

Poncho: Uou, bom dia pra você também, dormiu bem?

Any; Tudo ótimo, no que posso te ajudar?

Poncho: Qual é Any? Ta estranha, o que aconteceu?

Any: Nada Alfonso, nada - o encarei

Poncho: É, voltou a me chamar de Alfonso, só me chama assim quando está brava, o que eu fiz?

Any; Não fez nada! O que quer comigo?

Poncho: Tudo bem - respirei fundo - Camila me convidou para almoçar com ela hoje, é aniversário dela e ela convidou algumas pessoas, queria saber se quer ir junto

Anahí: Óbvio que não - disse sarcástica - só isso?

Poncho: Eu não te entendo Anahí! - falei sério e direto - exatamente do nada você fica carrancuda ao invés de falar o que está te incomodando e resolver como adulta! Não quer almoçar, tudo bem, fiquei sozinha trancada na sala como gosta de ficar - saí sem esperar resposta, alguns minutos depois Mai atravessou o corredor e entrou na sala de Anahí

Mai; O que foi amiga? - vi ela com os olhos cheio de lágrimas

Any: Amiga, que droga, por que as coisas não podem ser mais simples? Simplesmente o Alfonso me disse coisas horríveis!

Mai: Do nada? - perguntei curiosa

Any : Não exatamente, vi ele hoje a hora que cheguei combinando de almoçar com Camila...

Mai: Isso explica seu humor

Any: continuando - a olhei - senti uma pontinha de ciúmes e o tratei de forma fria, a chefe veio a tona e ele soltou umas verdades, foi horrível ouvir as coisas dele Mai

Mai: Quando vai assumir que está apaixonada por ele?

Any; Não estou! - falei brava

Mai; Any, super normal a reação dele, desde que se conheceram ele tem sido maravilhoso com você, paciente, amigo, carinhoso e companheiro, mesmo vocês não tendo nada, e você fica apenas o afastando, tudo tem limite, ele é homem amiga e fora que ele já deixou claro que vê a Camila apenas como uma amiga...

Any: Afinal de que lado você está? - perguntei brava por ela estar o defendendo

Mai; Do seu Any, e seria muito errado não alertar você que vai acabar o perdendo por ter tando medo, Any se arrisca, mostra para ele que ele também é importante para você.

Any: Ai Mai, por favor, você conhece a história mais do que ninguém...

Mai; Sim Any, e tá na hora de superar isso e se dar uma chance de ser feliz, vai acabar perdendo ele para você mesma...

Any: Ai Mai, obrigada mas já pode ir - ela me encarou negando com a cabeça e saiu. Trabalhei o dia inteiro sem pausa, pedi comida na minha sala para não ter que sair e parar as coisas que eu estava fazendo, mas a verdade é que não queria falar com ninguém. Mai tinha razão, estava sendo orgulhosa em negar o que estava sentindo, egoísta em afastar Alfonso que esse tempo todo tem se mostrado tão honesto e com bom caráter, e eu realmente não posso priva-lo de suas outras amizades, e nem continuar negando a mim mesma que eu realmente estou apaixonada por ele, e não sei o que fazer com isso que estou sentindo, não sei se posso alimentar algum relacionamento com Alfonso, se sou capaz de fazer isso. Passou algumas horas, e estava próximo do horário de ir embora, preciso resolver isso com Alfonso, e parar de me comportar como uma criança perto dele. Chegou a hora, arrumei as coisas e saí apressada, me deparei com a mesa dele vazia, provavelmente ele está me evitando, já que sempre me espera para descermos juntos. Estava encarando a mesa dele e ouvi alguém se aproximar.

Mai: Any, ele acabou de descer, vai atrás dele amiga, se resolve com ele...

Any: Vou fazer isso - sorri e desci rápido me sentia perdida em relação ao que estava fazendo, mas tinha certeza que era o certo, saí do elevador e vi o carro dele cruzar o portão do estacionamento - droga, não deu tempo! - será que devo ir até o apartamento dele? Ele faria isso se estivesse no meu lugar, preciso ter coragem, entrei no carro e segui em direção ao apartamento dele. Dei a sorte de estar com o controle da garagem no carro da vez que precisei guardar o carro aqui para sairmos, ele ainda estava no estacionamento e eu parei o carro em cima dele que se assustou e ficou paralisado ao me ver

Tropeçando No AmorWhere stories live. Discover now