Capítulo 27

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— Olha só como você fala comigo! — esbravejou. A forma como ele a chamou fez com que saísse do transe.

— Eu falo como eu bem entender. Você se mostrou ser tão suja quanto eu, mulher minha não faz o que fez. Trazer outro homem para dentro da casa que até ontem dividia comigo, é a maior das vagabundagens, nunca trouxe mulher pra casa, muito menos levei  ielas para cama na qual você dorme.

Giovanna sente que o coração vai sair pela boca. Se pergunta como ele sabe de tudo, esperava que a conversa fosse ser outra, aquela que ele implora para voltar. Seu olhar tem fúria, mas seu interior que desabar, chorar como uma garotinha é o que deseja.

Nero ao escutar pela primeira vez a voz de Maurício, congelou igual Antonelli. Não sabia se ficava onde estava ou se tentava sair dali um quando antes. Quando ouviu o homem ser rude com Giovanna, ficou cheio de ódio, queria socar a cara dele.

A professora abre a boca para falar, melhor, tentar. Mas é impedida pelo homem descontrolado.

— Seu momento de falar vai chegar. Por hora terá que meu ouvir calada. — se aproximou dela. — Eu sou um homem bom, muito bom, sorte a sua. Quando o porteiro me disse que te viu com outro homem, apenas concordei em ser meu sobrinho. Porque eu não queria ficar como o corno da história, fiz isso por mim e não por você. Por mim você ficaria conhecida como a casada que dá pre qualquer um. Iria deixar a fofocar correr solta pelos cantos desse condomínio. E não iria fazer nada contra isso. Você se acha tão esperta que nem pensou na possibilidade da minha descoberta, né?! Para estar com essa cara de coitada.

Ela não pensou duas vezes, acertou o rosto do homem em cheio. O barulho do tapa ecoou pelo ambiente. O que ela fez era a vontade de Nero no cômodo ao lado, não estava suportando as falas do ainda marido de Antonelli. Mauricio levou a mão até o rosto para tentar aliviar ardência, mas logo sorriu sacana, conhece muito bem a mulher.

O sorriso estampado no rosto dele fez com que Giovanna ficasse ainda mais possessa. O prenderia por desacato a autoridade, mas ali não tinha nada a ser feito, era uma briga de casal, de um homem com dor de cotovelo.

— Mão pesada, hein bebê — disse sarcástico. — Eu gosto disso, dou conta do recado, mas é o seu amantizinho?

— Ele dá tudo que você não deu todos esses anos. Na primeira transa me fez gozar quatro vezes, isso mesmo quatro vezes. Sabe o que aconteceu na nossa primeira vez?! Vocês gozou e eu não. Sabe o que ele sabe fazer também?! Me faz gozar com uma simples chupada. Quando eu gozei assim com você....deixa eu lembrar...NUNCA. Outra coisa que ele faz que você nunca fez: massagem em uma mulher cansada, preparar uma comida pra ela, perguntar como foi o dia dela, ao invés de ficar ficar contando do seu dia e pensar apenas em futebol. Ao invés de voltar pra casa ir pro primeiro puteiro.
Ele sabe valorizar uma mulher de verdade, diferente de você que só vê ela como um objeto. Tirando as datas comemorativas, que aí você era o homem mais romântico do mundo, o resto do ano não gostava seu dinheiro pra agradar com uma saída no restaurante. Uma lingerie...

Você é mesmo uma Ingrata, né?! Eu te dei o mundo Giovanna. Eu te fiz a mulher mais feliz do mundo, a festa do nosso casamento foi a dos seus sonhos. As viagens que fizemos também, eram bem em bancas, por que queria a minha mulher. Se você acha que dizer essas coisas pra mim me fazer sentir péssimo, está muito enganada. Porque ele não te conhece como eu, já presenciei o seu pior lado. Eu sempre fui bonzinho, hoje é sua vez de experimentar quem sou eu de verdade, do que eu sou capaz. Não vou deixar barato esse seu showzinho pra porteiro, dizendo que ele é seu sobrinho, sendo que ele é o homem que come a minha mulher, que transita na minha casa, se não é que esteja tenha dormido na minha cama. Ah, quase me esqueci, ele é o homem com quem você viajou. Own que lindo, viagem de casal. — riu Irônico. É não é?

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