a caminhada

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Alastor então desce as escadas, vê Sn e sorri levemente, indo até ela e oferecendo um braço para conduzi-la.
— Vamos ter uma longa caminhada hoje, madame.

Sn ri um pouco, mas um leve tom nervoso. Ambos saem de casa, Alastor fechando a porta. Agora caminhavam pelas ruas de Nova Orleans, obviamente naquele horário tinha bastante bêbados pelas ruas, nem tanto, mas depois das 23:00 pioraria, então Sn ficara com receio do que pode acontecer.

Sn olha pra trás, vendo Yuri logo atrás, cerca de uns 10 metros de distância deles ou até mais. Sn acena um pouco e Yuri também, determinada a executar o plano em cuidar da sua querida amiga.

Sn olha para Alastor e ele olha para ela, sorrindo um pouco.
— Faz tempo que não saimos juntos, né?

Sn ri um pouco, agindo como se nunca tivesse feito um plano inteiro.
— Ah, é verdade, mas tenho motivos.

Alastor sorri alargamente, a olhando ainda e então olhando pra frente novamente, mas continua a falar.
— Sim sim, você definitivamente tens motivos, mas não poderá se afastar por tanto tempo do próprio marido.

Sn ri disso, uma risada com um leve tom de irritação.
— Ah sim eu posso...

Alasto ri disso, achando divertido e a olha.
— Só se me matar.

Sn sorri pra ele, virando o rosto em sua direção.
— Pois tenho um plano pra isso.

Alastor sorri ainda mais, a olhando fixamente. Ele fala firmemente e baixo.
— Se eu não te matar primeiro...

Ambos apenas se olham em silêncio e depois olham pra frente, continuando a andar. Enquanto andavam, havia olhares dos bêbados largados pela calçada em Sn, o que fazia Alastor olhar de canto para o bêbado com um leve olhar de raiva e intimidação, o seu olhar dizia claramente um "Te desafio a continuar olhando" e então os bêbados desviavam o olhar, fingindo não ter visto nada.

Durante a noite, ambos conversam normalmente, e claro, sempre tendo aquelas pequenas ameaças levemente em um tom verdadeiro escondido em piadas.

Enquanto isso, Yuri olhava atentamente, de longe, esperando se ficara tudo bem. Mas aparentemente, estava tudo sobre controle.

Alastor olha para Sn e sorri levemente.
— Vou ser sincero, não pretendo de machucar hoje, é a minha palavra.

Sn o olhar, fixamente, amava olhar para aqueles olhos vermelhos que tanto falava para Yuri. Ela respira fundo.
— O que te faz pensar que devo acreditar em suas palavras?

Alastor ri disso e desvia o olhar para frente novamente.
— Alguma vez eu te disse algo e não fiz?

Sn olha pro chão, pensando, e era verdade. Alastor havera avisado várias vezes que ia fazer aquilo e isso, e ele realmente fazia. As vezes até pior. Dissera que ia dar entretenimento a ela, e realmente deu, um filme de terror completo. Dissera que nunca a deixaria, e olha só, lá estavam ambos casados. Ela sorri um pouco, um pensamento estranho vem a sua mente, "por que não confiar no próprio marido..? Talvez se eu mostrasse confiança nele, as coisas mudaria um pouco?" Ela balança a cabeça afastando os pensamentos.
— Sim, definitivamente...— Sn responde sem olha-lo, ainda pensando no caso.

Alastor ri, vendo que estava funcionando...
— Então é como disse, prometo não te machucar hoje. Vamos apenas...se divertir.— Ela se vira pra ela, a olhando com um leve sorriso "gentil" que carregara  grandes intenções, não se sabe se era boas ou más, mas vindo de Alastor, obviamente más.

Sn devolve com um leve sorriso, e acena, com um leve suspiro logo fala.
— ok...vou confiar nas suas palavras, só desta vez.

Ambos voltam a andar pelas ruas, sem falar muito, mas comentam bastante sobre o passado que carregaram, como o dia que Alastor a conheceu, as semanas que conversaram naquele bar, o dia que ela descobrira que Alastor era seu pretendente, o dia da biblioteca e claro, o assunto mais constrangedor, o dia que se beijaram em cima do corpo da dona Rosa.

Sn ri e Alastor ainda mais.
— Perdoe-me dona Rosa.— Sn fala, com arrependimento.

Alastor ri.
— A culpa é minha por ter deixado a coitada entrar em decomposição naquela cabana...

Sn ri disso, colocando a mão na boca para abafar a risada.
— Definitivamente.

Ambos se olham em silêncio por um tempo e então riem derrepente. Durante a caminhada, se passara alguns minutos, deram grandes risadas, o que fez Yuri pensar que essa idéia de plano era bobagem
— Que merda, esses dois parecem dois idiotas rindo que nem hienas. Definitivamente Sn é louca.— Diz Yuri pra si mesma. Ela logo olha para Sn e inclina levemente o pescoço para tentar escutar a conversa, mas não escutava nada além de gargalhadas.

O tempo passa mais adiante, e Alastor faz um comentário um tanto quanto... cativante.
— A lua está linda hoje.

Sn sorri um pouco, olhando pra lua.
— Verdade.

Alastor sorri, olhando fixamente para a lua.
— Mas parece menos brilhante...— ele diz e olha para Sn, que ainda olhava para a lua, agora confusa. Ele logo continua sua fraze.— você roubara todo o brilho dela...— Alastor diz em um tom um tanto quanto sedutor.

Sn cora e o olha, em silêncio sem saber como reagir. Ela desvia o olhar e ri de nervoso.
— Eu... ahn...eu...obrigada.— ela não sabera como reagir a elogios.

Alasto ri ainda mais disso e então continua a andar. Sn pensara que nada poderá acontecer e então faz o sinal do número dois atrás das costas, o que faz Yuri bufas de frustração e ir embora...

Agora era apenas Alastor e Sn pelas ruas.

Alastor nem a olha, apenas derrepente dá um sorriso largo e um pouco cruel.
— Que bom que agora é só nos dois...— Alastor diz baixo mas em bom tom.

O sorriso de Sn desmancha, agora o olha.
— Você...?

Alastor ri silenciosamente, seu sorriso cresce ainda mais, mas nem a olha ainda.
— É bom quando não tenho que fingir ser quem não sou quando tem alguém nos vigiando, sabe como é, as pessoas pedem atrasar meus planos...

Sn arregala os olhos, assustada. Então ele sabera de todo o plano...sim...ele sabera de tudo, que Yuri estava os seguindo e os vigiando, como pode um homem ser tão bom ator...?

Olhos de sangue...  (Dark Romance) Where stories live. Discover now