penúltimo capitulo...

684 70 89
                                    

E então ambos prosseguem silenciosamente entre a mata atrás de suas prezas. Alastor prepara a espingarda com um sorriso largo e macabro no rosto, dando a Sn uma faca que tinha no bolso para ela não ficar sem nada nas mãos.

Os dois então chegam em um gramado meio fechado com árvores ao redor, uns arbustos e logo a frente um rio acompanhado de uma cachoeira pequena, mas linda. Haviam duas pessoas, um casal se banhando no rio de água cristalina ao luar da noite, com grandes sorrisos e bem, nus de certa forma. Alastor ri um pouco, suas mãos se agarrando mais firmemente na espingarda.

Sn espreita os olhos e anda para a direita, se separando de Alastor e indo para os arbustos. Alastor apenas a olha por um momento e em um impulso de adrenalina apontam suas armas para o casal que logo os vê e entram em pânico. O homem abraça a mulher, a escondendo o dos olhos humanos enquanto ambos se aproximavam.

Alastor se apoia um pouco na espingarda, olhando pra ambos.
— Devem estar tendo um belo encontro...

Sn logo olha para o casal e dá uma risada arrogante.
— Nojo.

Os dois se olham por um momento e o homem quebra o silêncio.
— Vocês vão nos matar...? Somos inocentes!

Alastor se inclina olhando fixamente nos olhos do cara com os olhos arregalados.
— Melhor ainda...— Assim que o homem tenta agir socando Alastor, ele felizmente ou infelizmente, agarra seu pulso e o joga um pouco pra longe, apontando a espingarda na boca do homem.— Me atacar enquanto falo!? Que má educação... senhor.

Sn fica olhando para a situação com os braços cruzados. A mulher que estava cubrindo os seios debaixo da água ainda corre tentando figir, catando as roupas e correndo com desespero nos olhos, sua respiração tão ofegante como um cervo correndo de um predador. Sn move o olhar pra ela e joga a faca em sua direção, fazendo sua garganta rasgar em um corte dolorido. A faca se prende no tronco da árvore logo atrás. Sn vai caminhando até a mulher que para de correr, gemendo de dor e chorando de desespero.

A mulher olha para Sn na esperança de procurar piedade em seus olhos.
— Po...por favor...eu ainda quero ter filhos algum dia...

Sn que estava em uma expressão neutra arregala levemente os olhos, o que deu um pouco de esperança a mulher até Sn abri um sorriso leve nos lábios e ri arrogantemente.
— ah é mesmo? E com quem você teria filhos? O seu namoradinho vai ser morto.— Sn ri mais se aproximando dela, pegando a faca que ficara presa no tronco sem nem desviar o olhar da pobre mulher.— A não ser que você deseja trai-lo...ahh...eu aceito xingamentos, arrogância, manipulação, dor, tortura e até morte, mas traição... traição não tem perdão.— Sn ri e quando estava bem perto da mulher ela aponta a faca sobre o queixo da mulher, levantando levemente seu rosto pra cima.— Mas acho que não seja esse o caso. De qualquer forma, seu sonho continuará sendo um sonho.

Alastor que estava ocupado demais tendo uma conversa calma com o homem, não escutara o que Sn pudera estar fazendo logo atrás. Ele estava prendendo o homem no chão com um pé em seu pescoço enquanto apontava a espingarda em seu crânio, dando a ele um sorriso enorme medonho, aquilo era um pesadelo.
— Que azar a sua. Decidiu ter um dia de romance bem no meu dia de caça...— ele se inclina levemente o olhando fixamente.— Fica a dica, senhor, não saia de noite...— Alastor diz mas logo dá um sorriso ainda mais largo, arrogantemente.— ah mas que pena, você não vai ter outra noite a partir dessa.

O homem o olha assustado mas então tenta escapar falando alto e desesperado.
— VAI SE FUDER, VOCÊ E ESSA MULHER!!— diz o homem em desespero e raiva.

Alastor arregala levemente os olhos ainda rindo.
— Por mais que eu goste da idéia...— ele faz um pausa.— minha esposa pode ter se sentido ofendida.

Olhos de sangue...  (Dark Romance) Where stories live. Discover now