Capítulo 8

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Izuku inflou as bochechas por trás do balcão branco do café da própria mãe.

O piso claro, paredes que intercalam entre o marrom e o verde, detalhes amadeirados por todos os cantos. As mesas escuras com suas pernas de ferro ou os assentos que se dividiam em cadeiras ou pequenos sofás de estofados brancos colados nas paredes.

Vasos de plantas grudavam nas paredes e atrás do balcão, prateleiras se estendiam com quadros, mais plantas e outras coisinhas para a decoração.

Os bolos nas vitrines se tornavam deliciosos, com suas coberturas exageradas e coloridas.

A casa como sempre estava cheia, por trás dos vidros e ar condicionado, os doces sumiam de seus respectivos lugares.

Yo atendia os próprios amigos ao longe, mas o ômega permanecia com um bico nos lábios, não havia visto Katsuki o dia inteiro por culpa de um jogo que o mesmo tinha.

Midoriya mal tinha tempo para respirar, ele ficava pensando em como Bakugou estava com o semestre de provas e os jogos marcados. Os garotos do time raramente trocavam os jogadores principais pelos do banco.

— Tá tristinho por que seu namorado não está aqui? — o moreno largou uma bandeja no balcão e se posicionou ao lado do irmão. — O que foi?

— Sei lá, tô com uma sensação estranha. — Izuku respondeu finalmente encarando as orbes neutras de Shindo.

— Seu sentido aranha tá tendo efeito, é? — brincou.

— Talvez esteja. — resmungou apoiando a bochecha em uma das mãos. — Algo novo para me contar?

— Tirando o fato de que seu amado primo virou um viciado em kiwi, acho que não tenho mais nenhuma novidade. — o moreno deu de ombros e se apoiou no balcão. — Teve um jogo hoje?

— Sim, com certeza o time do Kacchan venceu.

— Ele vai dormir aqui hoje?

— Até onde eu sei, não. Por quê? — ergueu uma sobrancelha.

— Achei que iria conseguir uma revanche em Mario Kart, mas posso me contentar com você. — murmurou. — A propósito, o seu namorado tem problemas familiares, não tem?

— É bem óbvio, né? — sorriu sem humor. — O Kacchan teria uma vida normal se não fosse por isso, a culpa nem é da cicatriz.

— Eu diria que aquele é o charme dele. — deu de ombros observando a porta do café se abrir. — Temos clientes, hora de trabalhar. — resmungou entediado e deu meia volta.

— Yo. — chamou e o alfa olhou por cima do ombro. — Você não acha que hoje o dia está mais calmo que o normal?

— Talvez esteja.

Era seu primeiro ano e ele já estava fazendo uma maquete de uma casa, o caos reinava entre palitos de sorvete e cola branca.

Inko murmurou algo apreensiva na ilha da cozinha e Izuku, que estava bagunçando na mesa de jantar, continuou com seu trabalho.

Parecia ser algo referente a outro café que a mulher iria abrir, mas ele não deu muita atenção.

Uma mensagem piscou em seu celular ao lado da cola, Midoriya praguejou pelas mãos grudentas, mas as limpou rapidamente em um pano e observou o contato com apelido e coração.

Ergueu uma sobrancelha desconfiado, mas sorriu respondendo Katsuki.

— Mãe! — gritou e a mulher suspirou lhe encarando de volta.

— O que foi, Izu? — ela deixou a papelada de lado.

— Seu genro vai jantar e dormir aqui. — informou se divertindo com a expressão suave da outra.

Jogador Número Um - Bakudeku ABOWhere stories live. Discover now