Capítulo 11

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Sábado de amanhã o campo conhecido como Heroes Rising estava plenamente vazio pelo horário e pela falta de jogos — exceto por aqueles que iriam treinar, realizar os testes e analisar os possíveis jogadores que pudessem surgir naquele meio.

Touya se alongou reclamando das ombreiras utilizadas como equipamento nas vestes azuis. Ele estava pronto para derrubar alguns concorrentes e talvez machucá-los propositadamente para desestabilizá-los.

Hitoshi e Shoto combinaram uma estratégia entre si antes de se juntarem em um pequeno grupo formado por eles mesmos, o irmão mais velho e Katsuki de nariz empinado.

— Nós vamos vencer. — ele disse assim que se posicionaram no campo com outros competidores.

— Como tem tanta certeza? — o arroxeado perguntou por baixo do capacete azul de grades brancas.

— São desengonçados, não se dão bem com as roupas e com as chuteiras diferentes. Nossas roupas parecem ser mais pesadas de propósito para testar nossa resistência. — encarou o Todoroki sorridente ao lado.

— É o seguinte. Os dois pombinhos marcam os pontos. — disse para o irmão e o cunhado. — Eu e o Kat vamos arregaçar com o resto da galera.

— A gente tem que seguir as ordens do quarterback. — Shinsou contrariou se abaixando na grama quando um sujeito se colocou atrás da fileira de jogadores.

— A gente segue, princeso, mas dá nossa forma, igual a gente faz com o idiota do Kirishima. — seu sorriso era diabólico.

Os três se olharam, Dabi com certeza iria sair da posição e eles seriam obrigados a se adaptar aos planos loucos do homem tatuado.

O apito soou e a bola rapidamente voou pelo campo verde.

A arquibancada vazia, o sol das dez da manhã, um vento gélido e uma expressão nada receptiva.

Touya derrubou o primeiro, o segundo e o terceiro bem a tempo de receber a bola.

Katsuki se posicionou na sua cola como um guarda costas e o ultrapassou quando um inimigo veio apenas para ser atingido pelo touro que o rapaz era.

A bola foi recebida por algum jogador antes de ser roubada e recuperada por um Hitoshi sonolento. O arroxeado poderia ser facilmente comparado a um fantasma pela sua quase inexistência em campo. Ele sumia de repente e do nada aparecia como uma assombração.

Todoroki suspeitava que sua tática era tentar causar um ataque cardíaco no adversário.

Os pontos vieram de forma rápida, o quarterback quase totalmente ignorado não tinha controle da equipe que não a coordenava bem por não se conhecerem.

Yagi ao longe sorriu, o dia se passou com o time alheio subindo na classificação graças ao quarteto fantástico que atraiu a atenção de alguns jogadores oficiais e dos colaboradores.

O treinador não fazia ideia de onde Toshinori havia arrumado aquele grupinho, mas estava satisfeito com a presença deles.

Hitoshi tinha um ótimo baixo nível de presença, algo que facilitava na hora de roubar a bola ou na hora de passar despercebido pelos adversários em meio ao jogo.

Touya era o centro das atenções, ele conseguia fazer o possível e o impossível para ganhar reconhecimento e distrair os outros inimigos que acabavam focando em si ao invés de focar em outras pessoas que poderiam ultrapassá-los.

Shoto era tão calmo e ágil que se tornava quase impossível pegá-lo quando ele se movia pelo campo verde entre o outro time. Ele desviava tão bem ao ponto de fazer os outros caírem quando tentavam se jogar em si.

Jogador Número Um - Bakudeku ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora