𓆩𝑻𝒆𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒓 𝒓𝒆𝒂𝒍༻

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Costumava achar que eu tinha controle da minha vida, por muito tempo pensei isso, mais foi só um encontro por acaso acontecer que fez toda minha certeza descer pelo ralo.

Tudo na minha durante aquele mês foi intenso, foi único e também foi dolorido na hora da partida, lembro de cada detalhe, faltava apenas cinco minutos para chamar nosso vôo e eu olhava a todo momento para o relógio em meu pulso, minhas mãos suava muito, e meu coração batia tão acelerado que conseguia ouvir meus próprios batimentos

Por um minuto cheguei a imaginar que o pouco que vivemos aqui foi intenso pra ele também, mas, me enganei

— Tae, vamos nosso vôo acabou de ser anunciado — disse Lisa se aproximando de mim e tocou meu ombro

— Ele não veio... — sussurrei baixo mais alto o suficiente pra aqueles que tivesse perto de mim ouvisse

— Ele só se aproveitou de você, eu avisei que era burrice se apaixonar por alguém aqui — Jay falou e isso de certa forma me deixou sem esperança nenhuma de continuar alí.

— Se for pra falar besteira, melhor que fique calado — e Lisa estapiou a cabeça do nosso amigo

— Ele tem razão afinal.

Peguei minha mochila e fui para porta de embarque, meus amigos me acompanharam logo em seguida, mais quando tava preste a ir, consegui vê seu rosto entre a multidão, pensei em correr ao seu encontro, mais já era tarde de mais não consegui nem fazer que ele me visse.

Essa com certeza poderia ser a minha primeira morte, não estou falando isso pelo sentimento envolvido, mais sim pelo falta dele que iria habitar em meu coração agora.

E a única coisa ao qual eu recorria era as minhas lembranças, e se dependesse de mim eu viveria mergulhadas nelas por toda vida, só para não me afastar dele, não queria esquecê-lo. Quando retornei a Seul minha rotina não foi Maisa mesma, tudo mudou.

— Querido? Filho? Acorde você vai se atrasar para faculdade.

E foi ao abrir os olhos que percebi que estava de volta a realidade, ele não estava aqui, não sentia mais seu toque, não ouvia sua voz. Eu estava no meu estúdio? sim! no meu estúdio, onde com som que dançamos a primeira vez que eu sempre buscava ouvir para que assim quando fechasse meus olhos eu iria ao seu encontro. Mais a diferença era que som não era o mesmo quando meus olhos estava aberto.

Tudo voltava a ser como era antes, sem graça, sem sentido, não importava o quanto tentasse, as melodias que passava pelos meus ouvidos não era da mesma forma. Voltar a realidade já não era a mesma coisa.

— Sempre quis que alguém tocasse meu coração meu filho, mas nunca quis te vê assim, triste. — o doce toque da mão de minha mãe em minha cabeça me fez suspirar 

— Se essa é a única forma de reencontrar ele, pra mim já está bom, só não quero esquecer de nada que vivi durante aquele mês em Los Angeles

— Já se passou três meses filho, e você praticamente está morando nesse estúdio, passa todo seu tempo aqui, isso me preocupa filho.

— Veja mamãe — pela filmadora passava uma das gravações que fiz dos momentos mágicos em que vivemos — Como posso querer acordar de um dos meus melhores sonhos? Não me peça isso mamãe eu não quero acordar disso.

— Filho...

— Deixe-me ir mamãe ou irei me atrasar.

No caminho para faculdade, mergulhei mais uma vez no passado.

— Pega! Me filma agora — disse para o moreno de sorriso encantador

Estavamos em plena mata de noite, no mesmo local onde fizemos a trilha, dessa vez algumas pequenas luzes iluminava a água do lago, tudo era tão bonito.

Black Swuan "KTH/JJK"Onde as histórias ganham vida. Descobre agora