Mãos ensanguentadas

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Sn dá um passo pra trás, com os olhos arregalados. Como Alastor pudera saber de todo o plano!? Pensamentos e mais pensamentos pousavam em sua mente desorganizada. Ela dá um passo pra trás mas logo Alastor ri e estende uma mão para ela, a olhando com um leve sorriso gentil, mas o olhar dizia claramente que o sorriso só era uma decoração.

Sn olha para a mão dele e depois para ele, logo Alastor fala com uma voz suave.
— Não se assuste, irei cumprir com minha palavra...

Sn suspira de alívio e apenas olha pro chão, continuando a andar, ela estava decidida em não fugir, decidida em mostra que era corajosa e não tinha medo de Alastor. Ele percebe, vendo ela continuar a andar mas recusar a mão que Alastor ofereceu. De qualquer forma, ele dá de ombros e andar um pouco logo atrás.

Enquanto caminham, virando a esquina, Sn estava ainda com vários pensamentos na sua mente, tantos pensamentos vagava com rapidez que a fazia fechar os olhos e balançar a cabeça na esperança de afasta-los. Ela então vira a esquina, suas mãos abertando a borda do casaco que vestira. Ela percebe algo a puxar, de primeira ela não se importa tanto pois pensara que era Alastor, ele normalmente fazia isso, mas era um bêbado.
— Ora ora, o que uma dama faz aqui...sozinha?— o bêbado dá um sorriso largo.

Sn olha ao redor e tenta se afastar, vendo que Alastor não estava por perto, ali naquelas ruas cheias de homens de más intenções bêbados e fedidos, aqueles que vão beber no bar para trair suas esposas. Ela olha para o homem, que a puxa ela mão, prensando o corpo contra o dela.
— Me deixa em paz!— Sn fala com um leve tom de desesperou, tentando se afastar.

O homem ri, se inclinando pra perto. Sn sente seu hálito de álcool, aquele hálito ruim de cerveja quente.
— Por que eu faria? Você é uma moça bonita.

Sn franze a testa e tenta se afastar.
— Por favor, me deixa em paz!— o único pensamento que vem a cabeça de Sn foi Alastor, por que? Porque de certa forma era o único homem que ela se sentira levemente confortável, pois ela chama por seu nome— Alastor! Alastoor!!— algumas lágrimas rolam pelo seu rosto quando o bêbado ri da reação dela, suas mãos grandes e cheia de calos rodeam da cintura para a bunda dela, a pressionando contra ele.— AHH ME LARGA!— Sn tenta se afastar, mas com o desespero não consegue reagir.

O homem ri alto, zombando. Ele fala em uma voz abafada, pois estava mordendo os lábios enquanto a abraçara com as mãos na bunda dela, que começavam a puxar seu vestido pra cima, na intenção de deixá-la ainda mais desconfortável.
— Te largar!? Há um tempo que não me divirto com uma bela mulher!— risos.

Sn o empurra, mas é segurada. Ela chora um pouco mais e tenta socar o homem, mas ela estava sem força por conta da situação.
— Me deixe ir, por favor! Eu imploro ALASTOOR!— ela chama por Alastor entre choro de desespero.

O homem ri, a puxando pra si, para um beco.
— Quem é esse que tanto chama? Seu amigo?— Derrepente o homem voa longe, levando Sn junto, mas ela é segurada e o homem cai no chão. Ele pudera ver aquele olhar de pura raiva e desgosto, mas como esperado, tinha um sorriso largo. Alastor fala, ajeitando a manga da blusa olhando para o homem, reformulando as palavras do homem— Marido. Eu sou seu marido.— Alastor fala como um veneno que corta o vento.

O bêbado ri de raiva, não faz questão de levantar do chão, apenas olha para Sn que por conta de tudo, traumatizada, apenas recua sem dizer nada. Já Alastor estava rindo.

Alastor olha para Sn e fala, em um tom com más intenções é claro.
— Está com medo, Sn? Não vê...? Este bêbado te assediou, você foi educada, não mereceu isso...mas mesmo assim, ele fez.— Alastor se inclina pra perto, de certa forma parecia querer convencer Sn de algo.— Não pensaste bem...sn? Este homem pode um dia te assediar novamente, quem dirá que ele não assedia outras mulheres...? Talvez já as estruparam?— Alastor dá uma leve risada.

Olhos de sangue... Where stories live. Discover now