o gatilho da arma

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Sn fecha os olhos e dá um leve grito de desespero, não alto, mas era rouco por conta de tanto que estava chorando naquela noite.
— Nããããão...— Ela abaixa a cabeça, olhando pra baixo e ainda chorando. Suas lágrimas pingavam em gotas nas mãos encharcadas de vermelho. Ela pudera sentir uma mão gelada deslizar pelo queixo dela e puxar levemente pra cima.

Alastor sorri "gentilmente" e se inclina um pouco. Sua mão em seu queixo que logo a solta. Ele envolve as duas mãos na laterais do rosto de Sn e segura firmemente mas leve, um ato gentil e caloroso, mesmo que suas mãos estivessem mais frios que um corpo morto.
— Mas não se preocupe...Sn. Eu sempre estarei aqui para você...— Ele diz com um leve tom malicioso e melancólico. Ele ri um pouco.

Sn desconfia, mas parece que não conseguia achar outro meio de sair daquela sofrência. Alastor pusera em sua cabeça que ela era uma Assassina, quem iria abraçar uma assassina!?
— va... vai...?— O olha com um olhar suplicante.

Alastor sorri alargamente, ainda mais. O silêncio se estende por longos segundos e então ele se inclina um pouco. Seu rostos estavam próximos, bem próximos mesmo. Ele sussurra.
— Tem outra opção...?

Sn apenas responde logo depois no mesmo tom, mas em um tom triste.
— Não...

Alastor ri alargamente e se afasta dela, largando seu rosto bonito. Ele fica de pé a olhando e estende uma mão. Na visão de Sn era exatamente aquelas cenas de filmes, em que a protagonista está perdida prestes a cair em ruínas, mas ai vem um homem suspeito, que nem seu rosto é mostrando atrás das sombras. Sua visão é apenas uma mão convidativa...e o sentir daquele olhar nela, dava para ver em meio a sombra aquele olhar maligno. Ela olha para a mão dele, vendo o único caminho dela e então pega na mão dele.

Assim que ela faz isso, é como o gatilho de uma arma, não se pode voltar atrás, nunca mais...jamais. Alastor sorri alargamente, tanto que ppr trás da sombra dava para ver seu sorriso largo e assustador. Ele sabia que tinha conseguido, que agora ele tinha ela, totalmente dele, apenas dele para fazer o que ele quiser na hora que quiser, sempre que quiser.

Sn se levanta com ajuda de Alastor. Ele continua sendo "gentil" com ela, mesmo mostrando pistas de que era uma farsa. Ela é puxada com leveza e gentilmente para ele. Alastor segurava Sn em seu braços para que ela se sentisse protegida, a primeira vez, mesmo em uma situação dessas, ela estava bem perto dele. Não de forma sexual, mas algo caloroso, reconfortante e gentil. Ele a vira um pouco, com uma mão segurando a mão dela ainda e a outra ao redor de sua cintura, sem nada malicioso, algo mais confortante.

Estavam basicamente abraçados agora, Sn tinha uma mão levemente no ombro dele e a outra sendo segurada por ele, próximos. Alastor tinha ao redor de sua cintura o braço dele.

Sn o olha e Alastor a olha também, entregando-lhe um sorriso carinhoso.
— Vamos ignorar a situação agora. Farei vista grossa...ok, minha esposa?— ele fala firmemente mas com um tom gentil. Era uma situação tão diferente, quase impossível, talvez um sonho?

Logo atrás um corpo e logo a frente um homem tão charmoso, um assassino cruel, que a chamava agora de "minha esposa". Como pudera? Mesmo assim, nessas condições, isso derrete o coração de Sn, ela não tinha em quem confiar exceto sua própria amiga e a si mesma. Ela definitivamente caiu nas manipulações de Alastor.

Ele sorri pra ela, seu braço saindo ao redor da cintura dela para o rosto. Sua mão tocara agora em sua bochecha, levantando levemente pra si. Ele se inclina e dá um leve beijo em sua testa.
— Vamos pra casa. E sabe de uma coisa? Eu cumpri o que prometi, isso quer dizer que pode confiar em mim, certo?— ele se afasta um pouco.

Sn o olhar com brilhos nos olhos, tentando processar tudo. Ela o olha e responde calmamente, simplesmente perdida no momento.
— Ah...sim...acho que sim, Alastor.

Alastor dá um leve sorriso e então se afasta, oferecendo um braço e quando se posiciona, chuta a cara do cadáver, que rola ainda mais pra dentro do beco. Ele sorri.
— Então vamos!

Sn ri o olhando e apenas segura no braço dele.
— Então vamos...

Ambos apenas sem, juntos, próximos, sorrindo e rindo um com o outro, se afastando do beco a onde ocorreu muitas condições, manipulações e assassinato... simplesmente aquilo que aconteceu antes, não faz parte do agora.

"O mundo é o palco, e o palco, ele é cheio de entretenimento..."

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Oi galeraaa, estou feliz que estejam gostando da história. Bom, vim avisar que essa história vai ficar no mínimo com 30 capítulos, então já está chegando ao fiimmm!!! Espero realmente que estejam gostando e não achando um tédio 🤐!

Aliás, obrigada mesmo, continuem votando! Minha história já está no top 3 e estou sinceramente chorando mesmo com isso, O TOP 3! Obrigado obrigado obrigado mesmoo. Estou simplesmente abismada, mt feliz com isso, juro.

Olhos de sangue... Where stories live. Discover now